Luanda - O elevado índice de desistência marcou, negativamente, o ano lectivo 2020/21 do Centro de Formação Profissional do Benfica, afecto ao Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional ( INEFOP), no município de Talatona, em Luanda.
Dos 266 candidatos matriculados nos cursos de alvenaria, serralharia e caixilharia de alumínio, informática, electricidade de baixa tensão e canalização, 68 não retomaram as aulas depois de levantado o Estado de Emergência decretado em 2020, face a pandemia da Covid-19.
Em declarações hoje à ANGOP o director geral da instituição, João Lourenço, disse que a elevada taxa de desistência foi registada pela primeira vez pelo Centro e apesar dos apelos feitos individualmente pela entidade formadora e pela comunicação social, para retoma das aulas, os alunos não voltaram.
Explicou que para enquadrar a formação ao momento actual que se recomenda distanciamento e um período reduzido de permanência nas aulas, o Centro reduziu a carga horária, de 720 para 500 horas, onde as turmas foram repartidas e cumpridas todas as medidas de biosseguranças exigidas.
Disse que neste período 24 estudantes dos cursos de serralharia e caixilharia de alumínio e alvenaria beneficiaram de um estágio, uma gentileza de um ex-aluno do Centro, actual proprietário de uma oficina.
No quadro do Plano de Acção de Promoção da Empregabilidade (PAPE) foram também realizados vários cursos de empreendedorismo, com uma semana de duração, sendo que o de instalação de antena parabólica o mais longo com 45 dias.
O centro de formação do Benfica teve uma inscrição de 771 interessados, sendo que 266 possuíam o perfil exigido, dos quais 68 desistiram, 195 aprovaram e três reprovaram.
