Huambo – Mil milhões, 844 milhões, 679 mil e 247 Kwanzas é o valor da dívida acumulada de consumo de água, de 2015 à presente data, pelos clientes da Empresa de Águas e Saneamento do Huambo, soube a ANGOP.
Ao confirmar o facto, esta segunda-feira, o presidente do Conselho de Administração da Empresa de Águas e Saneamento do Huambo, Adolfo Elias Gomes, disse que a dívida em causa, como resultado da fraca cultura de pagamento dos serviços do Estado, envolve clientes particulares e institucionais.
O gestor informou que a empresa conseguiu recuperar, em 2022, um total de 701 milhões, 27 mil e 544 Kwanzas da dívida, furto das acções de fiscalização e sensibilização.
No mesmo ano, acrescentou, a instituição arrecadou 215 milhões, 33 mil e 277 Kwanzas, quando a previsão era de mil milhões, 68 milhões, 326 mil e 202 Kwanzas, de acordo com as facturas distribuídas aos clientes particulares e instituições público/privadas.
Adolfo Elias Gomes explicou que a empresa teve, em 2022, uma perda comercial de 70 por cento, tendo em conta a diferente existente, entre o valor arrecadado e da facturação.
Face a esta situação, destacou como perspectivas para este ano a intensificação das campanhas de fiscalização e sensibilização sobre a importância do pagamento do consumo de água, para além da realização de cortes massivos.
Lembrou que a província do Huambo tem uma capacidade média mensal de produção 13 milhões 134 mil metros cúbicos de água.
A Empresa de Águas e Saneamento no Huambo, actualmente, conta com 86 mil clientes cadastrados, dos quais 56 mil activos, mas com uma cultura de pagamento na ordem de 50 por cento.
Localizada no Planalto Central de Angola, esta província, constituída por 11 municípios, conta com subestações de tratamento e distribuição de água em apenas três municipalidades (Caála, Huambo e Ecunha), sendo que nos próximos tempos entrará em funcionamento a do Bailundo, segundo Adolfo Elias Gomes.