Dundo – O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Endiama, José Ganga Júnior, garantiu hoje, sexta-feira, que a empresa, em colaboração com o Ministério do Ambiente, vai a partir deste ano, imprimir maior rigor na fiscalização às empresas de exploração de diamantes, para observarem as questões de impacto ambiental.
Falando em conferência de imprensa por ocasião do 40º aniversário da Endiama EP., Ganga Júnior avançou que o passivo ambiental das empresas de exploração de diamantes em Angola é incomensurável e remonta ao tempo da extinta Diamang, que dificilmente, a curto prazo, desaparecerá.
“As empresas pouco fazem para a protecção ambiental nas zonas de exploração, o que obriga a criação de solução imediata, que em princípio passará necessariamente pela diminuição do impacto ambiental da mineração durante as actividades correntes da empresa”, sublinhou.
Apoio à produção agrícola
No âmbito das responsabilidades sociais e do seu contributo para a diversificação económica e geração de empregos, a Endiama prevê apostar, este ano, na produção agro-industrial na Região Leste do país, que integra as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
Sem avançar detalhes, relativamente ao valor a ser investido e da cadeia de produção agrícola, o PCA da Endiama disse que foram solicitados, aos governos das três províncias, mais de 150 mil hectares de terra, para a implementação do projecto.
Conforme o gestor, na Lunda Norte, o projecto será implementado numa área de 100 mil hectares de terra, enquanto para as províncias da Lunda Sul e Moxico, a produção será feita em 25 a 50 mil hectares de zona arável.
Disse que se pretende, com este projecto, para além de aumentar a produção alimentar nacional, “criar milhares de postos de trabalho”.