Energia da rede pública chega ao Ngonguembo

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  • Cuanza Norte     Sexta, 03 Fevereiro De 2023    23h34  
Vista parcial da vila do Quilombo dos Dembos, sede do município do Ngonguembo
Vista parcial da vila do Quilombo dos Dembos, sede do município do Ngonguembo
Cedida

Quilombo dos Dembos- A vila de Quilombo dos Dembos, sede do município do Ngonguembo, província do Cuanza Norte, conta desde esta sexta-feira, pela primeira vez, de energia eléctrica da rede pública, produzida a partir das barragens de Laúca, Cambambe e Capanda.

Numa primeira fase, foram efectuadas 925 ligações domiciliares com contadores do sistema pré-pago e montados 120 postes de iluminação pública.

De acordo com o encarregado de obras, Nélio Sapitango, os trabalhos, a cargo da empresa espanhola Elecnor, tiveram a duração de 12 meses e orçaram em perto de seis milhões de Euros, tendo contado com a participação de 150 trabalhadores, dos quais 94 jovens locais.

Acrescentou que o sistema compreende uma rede de média tensão de 30 Kilovolts que interliga a subestação do Golungo Alto ao Ngonguembo, numa extensão de 40 quilómetros e  11 postos de transformação de 250 kilovolts cada, e três de 50, cada.

Integra, também, uma rede de baixa tensão de 25 quilómetros de extensão, que sustenta a iluminação pública e domiciliar.

Sublinhou que o projecto foi construído com o objectivo de atrair investimentos rurais, com capacidade para alimentar indústrias de médio porte e fazendas agrícolas.

O governador provincial do Cuanza Norte, Pedro Makita Armando Júlia, que procedeu a inauguração, referiu que a chegada da electricidade àquela localidade constitui um ganho importante para o desenvolvimento socioeconómico da região, uma vez que, desde a sua fundação, Ngonguembo nunca teve luz da rede.

O governador garantiu que uma vez concluída a electrificação das sedes municipais, próximo passo é fazer chegar a energia eléctrica as restantes comunas que ainda não beneficiam desse serviço.

Actualmente, já beneficiam de energia eléctrica da rede pública as comunas de Cambondo (Golungo Alto), Canhoca (Cazengo), bem como Massangano, Zenza-do-Itombe e Dange-ya-menha, no município de Cambambe.

Por sua vez, o administrador municipal do Ngonguembo, Constantino Figueiredo dos Santos, apontou a redução dos gastos com consumo de gasóleo que alimenta os geradores, como um dos ganhos da chegada da energia eléctrica da rede pública ao município.

Satisfação da população

A satisfação era visível no rosto da população. Os sobas do bairro Velho Yango, Domingos Yango e Francisco José Sumba disseram,  que a data ficará nas suas memórias para sempre e que, com energia, prevê-se melhorias no comércio, mais empregos e redução da delinquência juvenil.

O cantineiro Jeremias Kiumuna considerou que a acção constitui uma mais-valia para os munícipes.

Acrescentou que com a inauguração do sistema de fornecimento de energia vai ajudar a poupar mais de 10 mil kwanzas por mês, na compra do combustível para o gerador.

 Para Arcanjo Manuel, também, proprietário de uma cantina, a inauguração do sistema de fornecimento de energia eléctrica é a maior oferta que o povo do Ngonguembo recebe desde a Independência Nacional.

A inauguração do referido sistema de energia enquadra-se nas actividades alusivas ao 62º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, a 4 de Fevereiro de 1961.

O projecto insere-se no projecto de electrificação dos municípios do  Bolongongo, Banga e Ngonguembo, orçado em 88 milhões e 700 mil euros, financiados pelo Banco de Crédito Agrícola de França.

 O projecto abrange 35 mil ligações domiciliares, em 53 aldeias nesses municípios.

Compreende obras nas comunas de Danje-ya-Menha e São Pedro da Quilemba, no município de Cambambe, Canhoca, Kissecula e arredores de Ndalatando, no Cazengo.

 O projecto prevê a construção de 234 quilómetros em linha de média tensão, 54 em baixa tensão e a ampliação da subestação de Ndalatando, de 20 para 40 megawatts, com uma linha de 60 quilowatts, que conecta Ndalatando à vila do Golungo Alto.

Consta, ainda, a electrificação rural.

A província do Cuanza Norte é constituída por 10 municípios e 21 comunas habitada por cerca de 500 mil habitantes.





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