Sumbe – A Empresa Pública de Águas e Saneamento do Cuanza Sul (EPASKS) precisa de um milhão de dólares norte americanos para aquisição de produtos químicos para purificar o líquido e de equipamentos de reposição, soube a Angop, nesta quarta-feira.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da EPASKS, Januário Bernardo, que falava à Angop, devido a exígua quantidade de reagentes, há vezes em que são obrigados a diminuir o fornecimento do líquido à população.
“Temos algum reagente, mas é insuficiente para a demanda que se exige”, realçou, ao mesmo tempo em que culpa os consumidores que se furtam ao pagamento do consumo, causando avultadas dívidas à empresa.
“A dívida dos clientes domésticos, comércio e serviços, bem como entidades públicas, ronda os mais de 200 milhões de Kwanzas”, disse.
Como consequência, a empresa tem dificuldades de pagar os salários aos trabalhadores e de efectivar alguns projectos de melhoria do sistema de abastecimento e qualidade da água, advogou.
Para o gestor, o reajuste do tarifário, de 150 para 800 kwanzas o metro cúbico de água, pode ser uma das soluções para o equilíbrio financeiro da empresa.
Esta dívida, uma vez liquidada, serviria igualmente para custear a construção de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) no Rio Cambongo, cinco estações elevatórias para água e uma rede de colecta com uma extensão de 32 quilómetros.
Consta igualmente dos propósitos da empresa, a construção de um laboratório provincial de análise de água, a ser financiado pelo Banco de Desenvolvimento Africano (BDA).
O responsável fez saber que está em curso um projecto de expansão do sistema de abastecimento domiciliar, no município do Sumbe, em cerca de seis quilómetros, beneficiando três mil habitantes.
Nesta empreitada, estão a ser contemplados os bairros da Dinga, São João, Terra Prometida, É 15, área da Shoprite, Avenida comandante Cassange, Calundo Cacuti, Inconcom, Caboqueiro, Mundo Verde, Quissala, Pedras Um e Dois e o Controlo Sul.
O sistema de abastecimento de água tem uma capacidade de 13.950 metros cúbicos/dia, para 227.500 consumidores da cidade do Sumbe e centralidade da Quibaula.
Actualmente, a EPASKS gere os sistemas de abastecimento de água dos municípios do Sumbe, Amboim, Cela, Ebo e Porto-Amboim, sendo que os restantes continuam sob a responsabilidade das administrações municipais.