Luanda – O Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) exortou, esta quarta-feira, os cidadãos a respeitarem os jornalistas, evitando envolverem-se em actos de violência física ou verbal que ponham em causa a sua integridade ou condicionem o exercício da sua actividade.
Reunidos em sessão ordinária, os membros do conselho directivo reiteram a necessidade imperiosa de os jornalistas, no exercício das suas funções, beneficiarem da máxima protecção por parte dos organizadores das manifestações e de outras actividades político-partidárias de forma a se evitar que sejam molestados, por quem quer que seja, independentemente dos meios utilizados.
A ERCA condena, de forma inequívoca, os actos protagonizados por alguns manifestantes contra profissionais da TPA e da TV Zimbo, relembrando que o novo Código Penal criminaliza, como atentado à liberdade de imprensa, qualquer acção ilegítima que vise dificultar o exercício da actividade jornalística no espaço público.
A entidade diz ter tomado nota de todas as reacções que foram tornadas públicas na sequência dos incidentes de sábado, 11, com destaque para o apelo ao diálogo feito pelo Presidente da República, João Lourenço, como sendo a melhor via para se ultrapassar qualquer desentendimento.
Exorta as direcções da TPA e da TV Zimbo a terem em conta os seus compromissos para com a sociedade.
Durante a marcha de sábado, que visou exigir eleições transparentes em 2022, militantes e simpatizantes da UNITA insurgiram-se contra profissionais da TPA e da TV Zimbo impedindo-os de cobrir o acto.
Em reacção, as direcções dos dois órgãos de comunicação social exigiram um pedido de desculpas público da UNITA, promotora da marcha, sob pena de não acompanharem qualquer actividade do referido partido.