Luanda - O Conselho Directivo da ERCA pediu hoje, quinta-feira, cautela as empresas que têm elaborado estudos ou sondagens de opinião a propósito do desempenho da comunicação social, tendo em vista a criação de rankings.
A ERCA, que analisou recentemente em plenária a informação, entende, sem desvalorizar os estudos já elaborados, que a actividade em causa deve ser tratada pela comunicação social com a maior cautela possível, de modos a que se salvaguardem eventuais defeitos de recolha e processamento dos dados.
A entidade considera a importância e o impacto desse tipo de informação, que deve observar o maior rigor cientifico e o facto de, em Angola, não haver ainda legislação específica que regulamente a actividade dessas empresas ou instituições,
Por isso, o Conselho Directivo da ERCA destaca que são várias as exigências que se colocam à elaboração de tais estudos, cuja divulgação está sujeita a uma regulação por parte de entidades públicas competentes que fazem a avaliação da qualidade e da consistência das amostras que servem de base, para se tirarem as conclusões.
Chama a atenção da opinião pública e privada para a existência já de uma ante-projecto de lei que em Angola também se propõe regulamentar a intervenção das empresas e instituições que se dedicam a este exercício, que é cada vez mais solicitado pelos mercados e pela actividade político-partidária, sobretudo nos períodos pré-eleitorais, daí a sua sensibilidade e responsabilidade acrescidas.
Finaliza recomendando aos autores dos estudos que pautem a sua actividade pelo maior respeito aos compromissos éticos que a estatística impõe aos seus profissionais, tendo em conta, nomeadamente, os desafios da manipulação que a gestão deste tipo de informação implica.