Luanda - O combate à impunidade e à corrupção devem constituir prioridade de todos os sectores da sociedade angolana considerou, neste sábado, o especialista em Recursos Humanos, Leonel Kamoma.
Em declarações à Angop a propósito dos desafios das instituições para 2021, Leonel Kamoma referiu que para a materialização deste programa os sectores da sociedade devem prestar uma colaboração contínua com a Procuradoria-Geral da República.
Neste contexto, ressaltou, é necessário que os cidadãos cultivem o hábito da denúncia das práticas de crimes como a corrupção e a impunidade.
Segundo Leonel Kamoma, a corrupção passou a fazer parte da agenda de procedimento de muitos funcionários públicos, agente administrativo e de utentes, constituindo violação da pauta deontológica dos órgãos públicos.
Enalteceu o debate sobre o "Combate à impunidade como factor para a boa governação" realizado nesta semana na Assembleia Nacional, numa iniciativa do grupo parlamentar do MPLA.
Em sua opinião, do debate se pode tirar ilações positivas relacionadas às acções que devem ser levadas a cabo para se erradicar este mal que enferma a sociedade.
"Tendo em conta o respeito à liberdade de expressão plasmado na Constituição da República de Angola, o debate foi positivo pois todos os deputados convergiram na necessidade de se reforçar as medidas de moralização da sociedade, assim como de se pautar por maior autonomia dos órgãos de justiça", salientou.
Questionado sobre o concurso público para a admissão de cerca de sete mil auxiliares de limpeza no Ministério da Educação, o especialista criticou o excesso de burocracia neste processo.
Na sua óptica, é preciso ter-se em conta o nível de escolaridade exigido, a 6ªclasse, logo são pessoas vulneráveis e com poucos recursos, por isso deveria haver maior flexibilidade nos documentos a exigir.
Referiu que, como especialista em recursos humanos, só depois de admitidos é que se devia exigir dos candidatos a apresentação do atestado médico e registo criminal.
"Sem medo de errar posso afirmar que com esta burocracia muitos cidadãos se endividaram para obter os documentos mas correm o risco de não serem admitidos”, finalizou.