Malanje- Especialistas em língua portuguesa, em Malanje defenderam hoje, a criação de políticas linguísticas que visam o ajustamento do ensino do referido idioma nas zonas rurais, visando a melhoraria do processo de ensino e aprendizagem nas comunidades.
Segundo alguns entrevistados pela Angop por ocasião do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que hoje, se assinala, essa medida passa por definição de programas específicos do português enquanto disciplina.
O docente João Pedro, defende que enquanto língua de escolaridade e da administração pública, o português deve merecer particular atenção do Executivo, tendo sempre em linha de conta as especificidades de cada região do país.
Realçou que em função das línguas nacionais, o português tem sofrido certas influências na oralidade e em alguns casos na escrita, tendo por isso apelado para mais aposta na formação dos professores da referida cadeira, com vista a sanar as deficiências que os alunos acarretam desde o ensino primário.
A mesma ideia é comungada pelo docente universitário da mesma cadeira, João Kixico Domingos, que sustenta a necessidade de se salvaguardar as especificidades das línguas nacionais no ensino da língua portuguesa.
Por sua vez, o especialista André Curigikila frisou que, dentre as particularidades que influenciam, sobretudo na pronúncia do português e outros idiomas, está o sotaque das línguas locais, tendo destacado que por esse motivo que Angola não aderiu ainda ao novo acordo ortográfico da língua de Camões.
Considerou isso como uma medida assertiva, na medida em que a ratificação passa por incorporar inicialmente aspectos linguísticos locais.
O português conta actualmente com cerca de 265 milhões de falantes, em nove países do mundo, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e uma parte da Região Administrativa Especial de Macau (China).