Cuito - A segunda fase de construção da centralidade do Cuito, na província do Bié, está já com uma execução física acima dos 30 por cento, o que satisfaz o Governo desta província.
Para o vice-governador para área técnica e infra-estrutura, José Fernando Tchatuvela, que falava à imprensa, pelo ritmo que está a ser imprimido pela empresa construtora (Kora), o prazo para o término da empreitada, Maio de 2022, poderá ser cumprido.
As obras desta segunda fase, com 398 habitações, entre apartamentos, duplex e moradias, todas da tipologia T3, arrancaram em Maio deste ano.
Neste momento, a ANGOP apurou que já foram feitas todas as bases de betão, fundação dos arruamentos, assim como 45 edifícios estão concluídos.
Regista-se, igualmente, obras avançadas de duas escolas do I ciclo do ensino secundário e um instituto politécnico, centro infantil e posto policial.
Os trabalhos de asfaltagem da estrada de acesso também já estão perto do fim.
Esta segunda fase vai contar ainda com lojas e infantários.
As obras desta segunda etapa foram lançadas em Outubro de 2019, mas, devido à situação económica e financeira que o país atravessa, associada à pandemia da covid-19, só este ano foi possível o seu arranque, segundo José Fernando Tchatuvela.
Sobre a inquietação de populares sobre a qualidade do material que está a ser utilizado, uma vez existirem muitas fissuras em apartamentos da primeira fase, o vice-governador assegurou ser das melhores, consubstanciado em betão celular e autoclavado, para dar um maior tempo de durabilidade.
Explicou que o problema reside nas questões climatéricas da província do Bié, em que se constata a queda com frequência de chuva, e que, com a movimentação de terra, cria assentamento, dando algumas fissuras nos edifícios, mas sem provocar danos avultados ou que perigam a vida dos cidadãos.
José Fernando Tchatuvela asseverou que, por causa disso, a empresa responsável (Kora) tem vindo a realizar manutenção das habitações que apresentam alguma rachadura.
Sem revelar o montante que está a ser empregue, pelo facto de ser de responsabilidade central, José Fernando Tchatuvela referiu ser insuficiente o número de habitações nesta segunda fase, tendo em conta à demanda, por isso augurou à conclusão de outras seis mil residências no Cuito e mil no Andulo.
Na primeira fase, que decorreu entre 2011 e 2017, foram construídos dois mil e 784 residências, todos já habitados no Cuito.
Trabalhadores estão inscritos no INSS
Esta segunda fase arrancou com mais de quatro mil trabalhadores, todos inscritos na segurança social, informou o chefe dos Serviços da Inspecção Geral do Trabalho (IGT) da província do Bié, António Kaquarta de Oliveira.
Louvou a atitude da construtora Kora, já que muitas empresas de construção civil furtam-se desta responsabilidade, prática que leva a IGT a aplicar multas.
Por este motivo, apela às demais instituições a fim de mais rápido possível legalizarem os trabalhadores junto dessa instituição, como forma de garantir a sua reforma condigna.