Sumbe – Trinta mil habitantes da cidade do Sumbe, província do Cuanza Sul, vão beneficiar brevemente do fornecimento de água potável, à luz da implementação da segunda fase do projecto de expansão da rede de distribuição, soube hoje a Angop.
Sob responsabilidade da Direcção Nacional de Águas, a obra vai abranger também a expansão da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
A obra é co-financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), com Usd 19 milhões, 744 mil, 68 e 53 cêntimos, e vai criar 100 empregos directos, sob responsabilidade da empresa chinesa Qingdao Installation and Constrution Co.Lda.
Com um prazo de execução de 24 meses, a fiscalização está a cargo da empresa Procesl/Soapro, que vai receber Usd um milhão, 363 mil e 500.
No domínio da expansão da rede de distribuição, o projecto visa uma extensão de 70 quilómetros, ligações domiciliares e a implantação numa área de 320 metros quadrados de um laboratório de controlo de qualidade, com um parâmetro para 47 análises (microbiologia e física/química).
Os bairros da Pedra 1 e 2, Estaleiro, Shoprite, económico, É-15, Chingo, São João, Cacute, Inconcon, Mundo Verde, Quissala 1 e 2, indicados por uma consulta pública realizada em 2018, fazem parte da expansão do projecto.
O secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa, realçou na ocasião que a dimensão do projecto reflecte o valor monetário disponível de momento.
“A disponibilidade financeira não nos permite executar, de momento, projectos noutras zonas, porém, temos capacidade para distribuir água a mais de 10 mil residências”, disse.
Uma terceira fase do projecto de expansão da rede de água está na forja, o que vai permitir a construção de um novo sistema de distribuição, que servirá para os municípios do Porto Amboim e Sumbe, a partir do Rio Queve, cujos estudos estão na fase conclusiva, informou.
Estação de Tratamento das Águas Residuais
A rede de drenagem e tratamento de águas residuais vai abranger 35 mil habitantes com um caudal médio de quatro mil metros cúbicos por dia, uma rede colectora de 37 quilómetros, cinco estações elevatórias, 3.168 ligações, admitindo o uso de quatro camiões limpa fossas, até 2040.
A directora nacional de Águas, Elsa Ramos, que confirmou estes dados, frisou que a lama a ser produzida e tratada na ETAR servirá para fins agrícolas (fertilizantes), descargas no Rio Cambongo e outra parte vai ser reutilizada pela própria estação.
No domínio ambiental, o projecto tem uma vertente de melhoria de qualidade da água no Rio Cambongo, beneficiando a fauna e a flora e a erradicação das descargas de esgotos não tratados.
Primeira fase do projecto
A água consumida na cidade do Sumbe é captada a partir do Rio Cambongo e o sistema actual, referente a primeira fase do projecto, foi reinaugurado em Junho de 2017, tem uma capacidade de bombeamento de mil 700 metros cúbicos por hora, com nove mil contadores em toda extensão da cidade e periferia, e 225 chafarizes.
Tem ainda cinco centros de distribuição, 10.477 quilómetros adutores, 120 quilómetros de rede, quatro estações elevatórias e 135 quilómetros em ramais para uma população estimada em 160. 246 habitantes.
O projecto, que orçou 30 milhões de dólares americanos, foi co-financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Governo Angolano, sendo executado entre 2013 e 2017 .