Cuito - Uma exposição de artefactos jornalísticos, utilizados anteriormente para a colheita, tratamento e divulgação de notícias no Bié, marcou esta sexta-feira, no Cuito, o lançamento do prémio provincial de jornalismo, edição 2023.
Primeiro de género, o evento ilustrou a evolução acentuada dos órgãos de comunicação social públicos, fruto da aposta nas novas tecnologias de informação e comunicação.
Por exemplo, a única agência de notícias no país (ANGOP) apresentou uma máquina "Turaia", que servia para encontrar sinal de internet em zonas mais recônditas. A rádio deu destaque às máquinas que emitiam o sinal em ondas artesianas em baixo alcance.
Já as Edições Novembro mostraram uma máquina de dactilografia, que usava na altura para redigir os textos, enquanto a TPA ilustrou as cassetes de vídeo.
O governador do Bié, Pereira Alfredo, que visitou a exposição, recebeu informações detalhadas sobre as transformações que a Agência Angola Press (ANGOP), Televisão Pública de Angola (TPA), Rádio Nacional de Angola (RNA) e Edições Novembros sofreram desde a sua fundação até a presente data.
O evento contou igualmente com a participação da rádio Cuquema, a primeira estação radiofónica privada em funcionamento desde 2020 na cidade do Cuito.
Satisfeito com o progresso de todos os órgãos de comunicação social, Pereira Alfredo disse, na ocasião, que este processo sempre foi acompanhado com a constante capacitação dos jornalistas, que garantem a credibilidade das notícias.
Todavia, realçou a necessidade de se continuar a munir os órgãos e os seus jornalistas de meios tecnológicos cada vez mais modernos, visando oferecer informações pontuais aos cidadãos.
Para Pereira Alfredo, a comunicação social continua a ser um dos sectores que mais se destaca, pelo facto de conseguir explorar de forma sensível e significativa os avanços da ciência e tecnologia, alcançando maior número de consumidores.
Quanto ao prémio, o governador referiu que o mesmo visa reconhecer o trabalho prestado pelos jornalistas, sobretudo na luta pelo desenvolvimento para a consolidação da paz, independência nacional e da jovem democracia do país.
“Com este prémio, o governo da província pretende cultivar o desempenho dos jornalistas e salvaguardar os novos desígnios da nação, concorrendo para a edificação dos valores morais, éticos, patrióticos e sobretudo do progresso, paz e justiça social”, concluiu.
O prémio está orçado em seis milhões de kwanzas, que será repartida com a preparação da cerimónia bem como a premiação dos cinco vencedores nas categorias de rádio, televisão, imprensa, fotojornalismo, revelação e prémio carreira.
Os trabalhos concorrentes, que começaram a ser entregues hoje, devem ser aqueles publicados nos órgãos públicos e privados de 20 de Dezembro de 2022 a 20 de Novembro deste ano.
Na ocasião, foi apresentado o novo corpo de júri do concurso provincial de jornalismo para um período de cinco anos, liderado pelo professor universitário Mauro de Melo José.
Fazem também parte do corpo do júri os docentes universitários Amitai Muno, Luciano Lusseque, Luciana Guedes e Liúsca Pasta.
Na edição passada, a jornalista na reforma Cecília Victor, de 60 anos de idade, venceu o prémio carreira jornalismo.
Para os concorrentes, venceu na categoria rádio o jornalista Fernando Chicapa, enquanto na imprensa sagrou-se a jornalista Delfina Victorino, das Edições Novembro.LB/PLB
