Lubango - Vinte e oito, das 600 famílias com lavras no espaço onde está a emergir o projecto de mineração para a exploração das Terras Raras (Neodímio e Praseodímio), do município do Longonjo, província do Huambo, estão desde Janeiro último a beneficiar de apoio transitório da empresa Ozango Minerais, enquanto aguardam por novas áreas agricultáveis.
A mina está a ser projectada no perímetro da montanha do Tchimbilundo, cuja fase de prospecção está em curso. O depósito de terras raras do Longonjo está localizado no município com o mesmo nome, a cerca de 60 km a oeste da capital do Huambo.
É um dos maiores depósitos de Terras Raras não desenvolvido do Mundo, com uma vida útil inicial de 20 anos, os milhões de toneladas são secos e arredondados a uma casa decimal, os teores são arredondados a três algarismos significativos.
A operação do Longonjo irá extrair, concentrar e refinar o material próximo da superfície, para produzir um carbonato misto de terras raras de alto valor que será transportado através do Caminho de Ferro de Benguela para o Porto do Lobito e consequentemente enviado para processamento a jusante ou vendido no mercado internacional.
A mina está actualmente em desenvolvimento, tendo os primeiros trabalhos começado recentemente e prevendo-se que a construção principal tenha início em 2024, a mesma empregará 650 pessoas durante a construção e criará aproximadamente 420 empregos permanentes de alto valor.
Esta informação foi dada à ANGOP, na Feira dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA), que decorreu de 10 a 13 do mês em curso, no Lubango, província da Huíla, pela gestora dos serviços do estaleiro, Geraldina Máquina.
A gestora dos serviços do estaleiro da mina fez saber que trata-se do primeiro reassentamento das lavras das famílias, propriedades localizadas na zona onde vai se fazer os trabalhos preliminares, para a construção do estaleiro e encontra-se a passar por um processo de apoio transitório, a base de bens alimentares.
Destacou que a empresa não pretende dar compensações financeiras, por não ser uma garantia de sustentabilidade para nenhuma delas, pelo que o foco é encontrar e localizar outros espaços para que as famílias continuem a sua actividade agrícola.
“Enquanto estamos neste processo de preparar a terra, as família não ficam desoladas, fizemos os cálculos do que cada uma produzia nos seus terrenos e com uma percentagem a mais, vamos fazendo a distribuição de bens alimentares, como arroz, milho, feijão, óleo sal, quantidades que variam em função da extensão da sua lavra”, aludiu.
Detalhou que como resultados, esperam ter uma boa relação com a comunidade e certificarem-se de que ninguém sai prejudicado.
A Ozango Minerais S.A, proprietária da Mina de Terras Raras de Longonjo, em Angola, faz parte do Grupo Pensana PIc. A Pensana está actualmente a desenvolver uma cadeia de fornecimento de metais de terras raras de classe mundial, independente e sustentável, vital para veículos electrónicos, turbinas eólicas e outras indústrias estratégicas. BP/MS