Lubango – Pelo menos 185 famílias de 38 aldeias do perímetro onde será explorado o mineral estratégico de Nióbio, no município de Quilengues, na Huíla, beneficiaram este ano de 480 milhões e 200 mil kwanzas, no quadro das compensações para o realojamento.
Trata-se das famílias que rejeitaram as casas construídas pelo investidor, pelo facto das mesmas “não se adequarem” ao seu modo de vida. O projecto previa a construção 499 residências para igual número de famílias catalogadas.
Até ao momento foram erguidas 30 residências, dispondo cada uma delas de dois cómodos, sala, cozinha, despensa, casa de banho, assim como garantia de água e energia eléctrica.
Mas que a população as rejeitou, preferindo receber dinheiro para erguerem as suas próprias residências e em espaços por ela definidos, segundo o administrador municipal adjuntos de Quilengues para a área social, Fernando Longuenda.
Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP, realçou ser a primeira fase do realojamento que teve iniciou em finais de 2022 e do montante disponibilizados pela Niobonga, foram repartidos na razão de dois milhões e 500 mil kwanzas para cada família.
Explicou que os restantes 17 milhões 700 mil kwanzas foram atribuídos àquelas famílias que possuíam pomares com 295 árvores fruteiras, a razão de 60 mil kwanzas, cada uma.
Segundo Fernando Longuenda, a princípio havia dois critérios adoptados pela empresa para o realojamento das famílias, a atribuição de residências e também a administração municipal ceder espaço para a prática da agricultura e pastorícia, mas estas preferiram o dinheiro.
A sociedade comercial chinesa Niobonga prevê iniciar a exploração do Nióbio, a partir de Abril de 2024, dependendo da conclusão do processo de realojamento das famílias residentes no perímetro e das chuvas.
O nióbio é um mineral raro, usado na produção de turbinas electrónicas, naves espaciais e outros componentes da indústria aeronáutica e electrónica, cujo preço no mercado internacional varia entre 40 e 50 dólares o quilograma. BP/MS
