Luanda - A Federação Angolana das Associações de Pessoas com Deficiência solicitou, esta quarta-feira, ao Governo angolano mais facilidades no acesso à educação, saúde, emprego, qualidade de vida aceitável e equipamentos de acessibilidade para os seus membros.
O coordenador da Federação Angolana das Associações de Pessoas com Deficiência, Venceslau Muginga, que falava em conferência de imprensa, disse que a qualidade de vida das pessoas com deficiência em Angola ainda está aquém do desejável.
Ainda assim, reconheceu o esforço do Executivo na inclusão social e no acesso ao emprego ao longo dos últimos anos.
Venceslau Muginga disse ser necessário rever as políticas de entrega de meios de compensação, desde as cadeiras de rodas, muletas, máquinas de braile, acesso às tecnologias de informação, entre outros equipamentos e meios.
Conforme o responsável, Angola, comparado com outros países da SADC, necessita melhorar a inclusão das pessoas com deficiência, exemplificando o caso de Moçambique onde o subsídio da pessoa com deficiência já é uma realidade.
O coordenador explicou que para além da falta de equipamentos de acessibilidade, há ainda dificuldades em se adquirir no mercado angolano.
Para agudizar a situação, lamentou, as poucas que aparecem são comercializadas em farmácia a preços muito altos, o que torna quase impossível para a maioria dos associados da FAPED, devido às suas limitações financeiras.
Dados disponíveis dão conta que no país existem 650 mil 258 pessoas com deficiência, representando 2,5 % do total da população, actualmente estimada em 35 milhões de habitantes.
Mais de 50% dessa franja vive em zonas urbanas, sendo a deficiência física a que mais afecta este grupo de cidadãos.
Entre as pessoas com deficiência, 56% são homens e 44% mulheres. Destes 46% têm idades compreendidas entre os 25 e 64 anos. VS/ART