Huambo – A coordenadora do Fórum da Mulher Jornalista para a Igualdade do Género (FMJIG) no Huambo, Maria Ivone de Lourdes, reafirmou esta terça-feira, a aposta na formação permanente dos profissionais, para melhor defender o Estado democrático.
A responsável falava no final da formação sobre “Jornalismo Investigativo”, que decorreu em dois dias, numa iniciativa do Fórum da Mulher Jornalista para a Igualdade do Género.
Maria Ivone de Lourdes disse que a participação dos jornalistas em formações diversas demonstra o compromisso da organização promoção da qualidade do trabalho e na ética, enquanto elementos fundamentais para o exercício e defesa dos valores consagrados pela profissão, bem como dos princípios democráticos.
Augurou maior aproveitamento nas técnicas e experiências partilhadas, para maior garantia da liberdade de imprensa e mais acesso à informação.
A intenção, segundo a responsável, é absorver a experiência dos prelectores para fazer a diferença nas reportagens realizadas, sobretudo, as denúncias de corrupção, abusos de poder, violações dos direitos humanos e injustiças sociais.
Por sua vez, a coordenadora-geral do Fórum da Mulher Jornalista para a Igualdade do Género, Ermelinda da Costa, apelou para uma maior aposta no jornalismo investigativo, por tratar de temáticas exigentes e de elevada complexidade de abordagem.
Conforme a responsável, o jornalismo investigativo, ainda, não realizado em Angola, precisa ser “abraçado” com muito esforço, para o reforço do direito à informação em Angola.
A formação serviu para o aprimoramento das técnicas de elaboração de reportagem, para incentivar a sua realização, principalmente, sobre questões ligadas à inclusão social e aos direitos humanos.
Visou, igualmente, incentivar os jornalistas a actualizar os conhecimentos sobre os princípios éticos e a deontologia profissional, bem como em matérias ligadas ao Pacote Legislativo da Comunicação Social, os limites da Lei de Imprensa e do Estatuto do Jornalista.
A acção formativa, que decorreu no auditório da Emissora provincial da Rádio Nacional de Angola, contou com a presença do secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, como um dos prelectores.
Fundada em 2009, o Fórum da Mulher Jornalista para a Igualdade do Género é uma organização da sociedade civil angolana, que congrega mulheres jornalistas de órgãos de comunicação social públicos e privados, com o objectivo de realizar acções que visam combater a violência doméstica e a baseada no género. ZZN/ALH