Huambo - Funcionários públicos na província do Huambo enalteceram, esta segunda-feira, a entrada em vigor, no primeiro trimestre deste ano, do pagamento do subsídio de isolamento, para a prestação de um serviço de qualidade nas zonas recônditas.
A decisão referente ao pagamento de renda e instalação aos funcionários que forem trabalhar nas zonas recônditas, foi tornada pública, na última quarta-feira (17), no final da primeira sessão extraordinária do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.
Trata-se de um pacote de subsídios já aprovados pelo Governo angolano, em Fevereiro de 2023, porém ainda não efectivados, que vão, dentre outros, mitigar as dificuldades dos professores, enfermeiros e outros agentes públicos, que trabalham em zonas desprovidas de ofertas de bens e serviços essenciais.
António Pongolola, funcionário público do sector da Saúde no município do Longonjo, disse que a efectivação da medida, aprovada em 2023, é bem-vinda, o que vai motivar os funcionários públicos a prestar um serviço de qualidade aos cidadãos, nas zonas recônditas.
Sem informar o valor gasto/mês, disse que tem tido diversas dificuldades para pagar o transporte (ida e volta) e a alimentação, por trabalhar numa zona recôndita e de difícil acesso, no interior do município do Longonjo
Alberto Samunga, professor do mesmo município, disse que gasta, mensalmente, mais de 20 mil Kwanzas para o transporte, alimentação e outras necessidades essenciais que, no seu entender, serão resolvidas com a efectivação do subsídio de isolamento.
Por sua vez, Aurora Pinto, professora colocada no município do Chinjenje, disse que, por trabalhar todos os dias úteis da semana, tem tido gastos elevados com o transporte, fazendo com que o dinheiro, muitas vezes, seja insuficiente para a compra de outros bens para a família em casa.
Para a chefe do departamento de Planeamento, Estatística e Recursos Humanos do gabinete da Saúde na província do Huambo, Cristina Buta, o subsídio de isolamento poderá incentivar a permanência dos funcionários onde estiverem colocados, para além de melhorar a prestação dos serviços públicos.
Pediu aos beneficiários desta medida para trabalharem com mais responsabilidade, pois será redobrada a fiscalização e o controlo das suas actividades, tendo em conta as vantagens dos subsídios de isolamento.
Por seu turno, o chefe do departamento dos Recursos Humanos do gabinete da Educação na província do Huambo, José Marcos, disse que a medida é um ganho para o sector, por existirem muitos professores em zonas de difícil acesso, que, com o incremento do subsídio, estarão aliviados nas necessidades pessoais.
Na província do Huambo, os municípios do Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma, são os abrangidos no subsídio de isolamento.
O diploma estabelece, entre outros, que os funcionários públicos visados passem a receber um subsídio adicional no valor de 30 por cento sobre o salário base, sem prejuízo de outros benefícios de natureza patrimonial, que decorram da execução de programas específicos do Executivo. ZZN/JSV/ALH
