Gabela – Um novo sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável começou a ser construído hoje, quarta-feira, na cidade da Gabela (Cuanza Sul), com um financiamento do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios.
O valor global da obra é de Kz 36 mil milhões e tem um prazo de execução de 12 meses, a cargo da empresa chinesa CBITC, com a fiscalização da Interserviços, tendo criado 50 postos de trabalhos.
O sistema vai captar a água a partir do rio Chilo e canalizá-la à actual Estação de Tratamento em reabilitação, num percurso de 20 quilómetros.
Com este projecto, de acordo com o administrador municipal do Amboim, Eliseu Segunda Miranda, serão minimizadas as restrições no fornecimento de água, que têm sido impostas pelo baixo caudal do rio Wia, onde está a actual captação.
“Até ao momento, muitas famílias na cidade da Gabela e periferia consomem água das cacimbas ou comprada a privados, quadro que poderá ser diferente quando a referida obra estiver concluída, dentro de 12 meses”, sublinhou.
O projecto permite a distribuição de água potável para 279 mil e 807 habitantes que, devido a problemas cíclicos, têm passado por momentos menos bons para obtenção de água.
O lançamento da primeira pedra coube ao governador provincial do Cuanza Sul, Job Capapinha.
A actual ETA está concebida para cinco mil habitantes, obrigando muitas vezes à redução até 50 por cento da distribuição, associada ao baixo caudal do rio Wia.
A cidade da Gabela conta com 693 ligações domiciliares, mas apenas 360 consumidores cadastrados pagam regularmente as taxas de água, bem como 100 chafarizes distribuídos na zona peri-urbana.
O baixo caudal do rio só permite o bombeamento de 60 metros cúbicos de água por hora.
O actual sistema tem capacidade para 100 metros cúbicos por hora que, por gravidade, são distribuídos para dois tanques de 300 metros cúbicos cada e dois de 70 metros cúbicos cada e um de 350 metros cúbicos.