Caxito – A governadora do Bengo, Maria Antónia Nelumba, enalteceu hoje, em Caxito, a perseverança das empresas ligadas à exploração de madeira que em condições adversas têm criado postos de trabalho para os jovens da província.
Em declarações à imprensa no final de uma visita as industrias de madeira, no município do Dande, a governante disse ter recebido dos gestores dessas empresas reclamações sobre a burocracia nas licenças de exploração e outras situações que interrompem a cadeia de produção.
Referiu que o governo do Bengo vai reunir com os empresários ligados à exploração e transformação de madeira para analisar os factores de constrangimentos da actividade.
“A impressão com que fiquei é que vocês são heróis porque apesar de todas as dificuldades as unidades de produção estão em funcionamento. Fiquei satisfeita pelo número de emprego criados, sobretudo de jovens que estão não só na produção como também na direcção, isso nos anima e esperamos que as condições económicas melhorem para que as empresas possam assegurar e criar mais postos de trabalho”, referiu a governadora.
Maria Nelumba esclareceu que o governo da província está a exigir das empresas exportadoras de madeira, o reflorestamento das zonas exploradas com novas espécies e, no âmbito da responsabilidade social, ajudarem a resolver pequenas questões sociais das comunidades.
Na sua jornada de campo, a governadora visitou igualmente a siderurgia ADA (Aceria de Angola), na comuna da Barra do Dande, que emprega actualmente 430 trabalhadores, dos quais 34 expatriados.
O PCA da ADA, Georges Choucair, disse que esse ano pretendem produzir cem mil toneladas de aço e nos próximos três anos atingir as 250 mil toneladas de varão de aço para construção.
Revelou que ADA prima pelo mercado nacional, mas também exporta para alguns países africanos como Madagáscar, Benin e Gana, em pequenas quantidades entre 300 a mil toneladas.
O responsável referiu-se a dificuldades na aquisição de matéria-prima (sucatas) proveniente de todas as províncias do país, adiantando que o custo da tonelada de sucata esta estimado em 150 mil kwanzas.
Sugeriu a regulação da actividade de recolha e venda de sucatas, uma vez que têm vantagem económica, capacidade exponencial de emprego e pode ser usada para o combate à pobreza.
“Nós achamos que podemos criar parcerias com os governos provinciais, criar sinergias, organização e apoiar também as cooperativas no fomento dessa actividade”, disse o gestor.CJ/IF