Caxito – O embaixador da República da Sérvia, Milos Perisic, manifestou, nesta quarta-feira, em Caxito, o interesse do seu país investir nos sectores de energia, água, agricultura e educação, no quadro do reforço das relações bilaterais.
Em declarações à imprensa, no final de uma visita de trabalho àquela província, o diplomata anunciou para este ano a realização de um fórum de negócios, entre empresas da província do Norte do seu país com as do Bengo, para possíveis investimentos e financiamentos.
Recordou que as relações entre os dois países têm mais de 40 anos, com algumas empresas a desenvolverem acções nos sectores da agricultura e na produção de bens alimentares.
Milos Perisic destacou as potencialidades do Bengo nos vários domínios da vida económica e convidou a governadora Mara Quiosa a visitar a República da Sérvia, em Setembro deste ano, sublinhando que fará advocacia junto da classe empresarial do seu país para investir em Angola.
Por seu turno, a governadora do Bengo, Mara Quiosa, manifestou a sua satisfação pelo interesse do governo da Sérvia em investir na província e em apostar na formação de quadros locais, através de bolsas de estudos do ensino superior.
Em relação a administração pública, disse que a Sérvia tem muita experiência neste domínio e um acordo de geminação poderá ser assinado nos próximos tempos, entre o município do Dande (sede da província do Bengo) e alguns municípios daquele país europeu.
No Bengo, o diplomata visitou a Empresa Pública de Águas do Bengo (EPAS), a fazenda TuriAgro, que tem uma produção actual de 10 mil toneladas de banana/ano, quatro mil de mamão e 400 de maracujá e goiaba, em fase experimental, numa área de 30 hectares.
A fazenda ocupa uma área de 400 hectares e criou mais de 550 postos de trabalho directos e os produtos são comercializados em diversos pontos do país.
O diplomata visitou ainda a empresa Aceria de Angola, do ramo da siderurgia, localizada na comuna da Barra do Dande, com capacidade de 300 mil toneladas/ano de aço e transformação de sucatas em varão para construção civil.
Com uma força de trabalho de 350 funcionários, dos quais 40 expatriados, a empresa recolhe sucatas nas províncias de Luanda, Benguela, Bengo e Cabinda.
Devido à Covid-19, que afectou bastante o abastecimento logístico, prevê produzir este ano entre 8 a 10 mil toneladas, produção abaixo da de 2019.