Benguela – O governador de Benguela, Luís Nunes, garantiu esta quarta-feira que a sua equipa vai procurar concluir as obras inacabadas na província, sobretudo de escolas e outras infraestruturas sociais.
Segundo o governante, que falava durante o primeiro encontro de auscultação à juventude, existem muitas escolas inacabadas e que poderão minimizar as carências a nível do sector da Educação, se concluídas.
“Nos municípios que eu percorri, vi muitas obras com 60 a 70 por cento de execução física paradas há quatro ou cinco anos. Ainda assiste-se, nas cidades grandes e não só, crianças a estudarem debaixo de árvores e uma das minhas maiores preocupações aqui é tentar resolver esse problema”, referiu.
O governador enfatizou que não é um homem de promessas e que quando se propõe a fazer algo, o faz.
“Não gosto de prometer o que não posso fazer, pois sou uma pessoa de acção e vou mostrar que aquilo que eu digo é verdade”, afirmou.
Respondendo às inquietações da juventude, nomeadamente o desemprego, falta de micro-créditos para alavancar o empreendedorismo, de habitação, dentre outras, Luís Nunes advogou que quem deve garantir o emprego é o investimento privado, cabendo ao estado apenas complementá-lo.
Para isso, considera ser necessário criar-se condições para atracção de investimento privado, tanto nacional como estrangeiro, cabendo ao Estado garantir bens e serviços como água, energia, vias de comunicação aceitáveis, telecomunicações, entre outros, para atrair os empresários.
De acordo com o governante, fez-se um levantamento exaustivo do que se precisa nos municípios do Lobito e Benguela, e são muitos os problemas, mas estes devem ser resolvidos na base de prioridades.
Luís Nunes adiantou que o governo de Benguela está a trabalhar para arranjar um pacote que possa resolver alguns problemas urgentes da província, principalmente das duas cidades grandes, porque são as que têm mais problemas.
“Temos de implementar uma governação participativa e os servidores públicos têm de ir ao encontro dos problemas das populações, para que a sociedade civil se sinta inserida. Da mesma forma, os cidadãos não devem apenas criticar e exigir, mas ajudar na busca de soluções”, defendeu.
Na ocasião, disse ter chamado à sua responsabilidade a distribuição das cerca de mil residências que restam nas três centralidades da província e que vai ver, com o Conselho Provincial da Juventude, uma fasquia grande para essa franja.
“Vamos minimizar os problemas mais difíceis que os jovens têm a nível habitacional”, acrescentou.
Por outro lado, disse que vai tentar reparar o mais rápido possível as vias secundárias e terciárias das cidades de Benguela e do Lobito, por serem as que mais problemas apresentam e as de maior movimento.
“Estamos a limpar as cidades do Lobito e de Benguela e as coisas estão a mudar. Agora, é preciso ajuda de toda a gente, as nossas populações têm que dar a sua contribuição e a juventude tem um papel fundamental nisso”, concluiu.