Luanda – O governador da província de Luanda, Manuel Homem, efectuou esta quarta-feira, a entrega de meios técnicos para o reforço dos trabalhos da Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda (UTGSL).
Os meios, constituídos por dois caminhões de sucção de águas e duas retroescavadoras, visam a melhoria da capacidade de resposta da instituição, no que toca à manutenção dos sistemas de drenagem na província, uma vez que se regista um ciclo pluvial bastante intenso, deixando grandes desafios quanto à melhoria das infra-estruturas de escoamento.
Segundo o governador da província de Luanda, Manuel Homem, por uma questão de emergência colocou-se à disposição da UTGSL mais equipamentos para assegurar os trabalhos da instituição na gestão e funcionamento dos órgãos de drenagem da capital do país.
Quanto à enxurrada que cai sobre Luanda, referiu que o governo provincial está acompanhar de perto, por meio de uma Comissão Multissectorial, cujos membros estão distribuídos a nível dos municípios e têm actuado na colocação de bombas e caminhões para a sucção das águas.
No que toca às famílias sinistradas pelas chuvas, o governador disse que está em execução o programa de distribuição de cestas básicas e realojamentos de algumas, com destaque para as famílias que vivem no Zango 3B e Quissama.
Programa Integrado de Intervenção de Luanda 2024
Segundo o governador da província, no âmbito do programa integrado de intervenção de Luanda, em 2024 dar-se-á o início da construção de vias secundárias com as respectivas valas de drenagem e vão ser intervencionadas as valas de drenagem numa extensão de 70 quilómetros.
“Não irá responder à necessidade que temos a nível da província, mas estaremos a dar um primeiro e grande passo na continuação de projectos relacionados com a macro drenagem, sendo uma prioridade do GPL”, sublinhou.
Manuel Homem referiu que os municípios de Viana, Kilamba Kiaxi, Belas, Talatona, têm requerido maior esforço do governo provincial quanto à questão das infra-estruturas da macro drenagem.
O governante disse ainda que o seu pelouro tem o desafio de interligar as bacias de retenção de água a nível de Luanda, estando também em carteira a construção de unidades para o tratamento de água e retenção de resíduos sólidos a jusante para que não cheguem ao mar.
Luanda vai contar com barcos de limpeza
Durante a entrevista que concedeu aos jornalistas, no acto de entrega dos meios técnicos ao UTGSL, o governador de Luanda referiu ainda que a província vai contar, durante o I trimestre de 2024, com seis barcos de limpeza da orla marítima.
Manuel Homem avançou que estes meios vão assegurar uma limpeza profunda da orla marítima de Luanda, bem como na Ilha do Mussulo.
Sétima avenida do Cazenga
Questionado sobre a situação da sétima avenida, no município do Cazenga, Manuel Homem referiu que o contrato com a empreiteira foi cancelado, uma vez que não respondia às exigências que se pretendia para a execução da obra.
Neste momento, esclareceu, já foi feito um concurso finalizado neste mês de Novembro e a partir de Dezembro de 2023 ou Janeiro de 2024, as obras vão iniciar com um novo empreiteiro.
“Neste momento estamos a concluir os processos administrativos”, clarificou.
Para acudir as famílias afectadas ao longo da avenida, o governador disse que estão a ser colocados todos os meios de sucção de água, no sentido de garantir menos pressão quando as obras tiverem a acontecer.
Por sua vez, a Directora-geral da Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda (UTGSL), Zenilda Mandinga, disse que os meios entregues vão reforçar os trabalhos de sucussão e aberturas de valas, em zonas desprovidas de rede de macro drenagem.
Zenilda Mandinga disse ainda ser necessário a participação de todos os cidadãos de Luanda, uma vez que os meios entregues por si, só, não resolvem os problemas da província.
Continua a chover em Luanda, dados preliminares avançados pelos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros apontam que duas mil e 56 famílias foram afectadas pelas chuvas que caíram na noite de segunda-feira e madrugada de terça-feira, na província de Luanda.
Registou-se a inundação de duas mil e 56 residências, num total de cerca de 10 mil pessoas afectadas, deixando ainda intransitáveis 92 vias secundárias e terciárias, bem como foram atingidos equipamentos sociais, dentre igrejas, hospitais, escolas, esquadras de polícia, num total de 16 instituições.ANM/ART
