Lubango - O secretário provincial do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), na Huíla, Amílcar Silvério Baptista, descartou hoje, quarta-feira, no Lubango, qualquer caso que evidencie perseguições ou molestação de profissionais da área, no exercício da actividade.
Em declarações à ANGOP, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala, o responsável sindical fez saber que a nível da classe, impera a preocupação de informar os factos à sociedade com transparência, rigor, isenção e verdade.
Apesar da inexistência de casos de género, admitiu que chegam ao Sindicato reclamações sobre a forma como alguns jornalistas dão tratamento a um ou outro assunto, por a fonte achar que a notícia não atende seus intentos.
“São situações que acontecem, tudo pelo facto das pessoas, às vezes, acharem que se deve dizer bem ou mal sobre um determinado assunto, quando na verdade o jornalista tem apenas a responsabilidade de transmitir aquilo que são os factos, não tem que inventar, tem que narrar os apenas aquilo que são os acontecimentos”, aludiu.
Destacou, sem avançar pormenores, que em 2022 o SJA na província teve o registo de dois casos de jornalistas de diferentes órgãos, processados criminalmente, sendo que um chegou a julgamento e foi absolvido por insuficiência de provas, enquanto o outro corre os seus trâmites legais.
Referiu que as queixas foram feitas por indivíduos que viram os seus interesses lesados em peças jornalísticas, o que considerou “normal”, mas acredita serem casos que os jornalistas em causa tiveram alguma motivação para terem dado aquele tratamento.
“Se dissermos que todos os jornalistas têm uma conduta exemplar, não estaríamos a ser justos, pois há casos que alguns se excedem, mas são situações que não beliscam o exercício da profissão na província da Huíla”, aclarou.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura através da Decisão A/DEC/48/432 de 1993, para alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como consequência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.
Este dia foi criado na 26ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO, em Paris, que ocorreu nos meses de Outubro e Novembro de 1991.
No ano em que se comemora o 30º aniversário deste dia, o tema é “Shaping a Future of Rights, Freedom of expression as a driver for all other human rights”, um apelo à liberdade de imprensa, bem como a meios de comunicação social independentes, pluralistas e diversificados, como chave para o exercício de todos os outros direitos humanos.
A nível da província da Huíla, existem em funcionalmente mais de dez órgãos de comunicação social, entre televisões, rádios, jornais e agência de notícia. BP/MS