Luanda - O humorista angolano Costa Vilola, integrante do grupo “Os Tuneza”, apontou, em entrevista, recente à ANGOP, a poligamia como base do aumento da fuga à paternidade.
No seu entender, os homens querem ter várias parceiras e, fruto disso, quando o número de filhos começa a aumentar, alguns negam a paternidade.
Para si, a fenómeno fuga a paternidade tem gerado pessoas para o mundo do crime e da prostituição.
“Quando você é pai e não cuida dos teus filhos, não dá afecto, não dá atenção você está a criar um futuro gatuno uma futura prostituta. Pai algum quer saber que a filha agora é prostituta ou comerciante de sexo”, disse.
Entende que este mal é um problema de consciência pessoal e depois colectiva.
O humorista, com longa carreira no mundo das artes, destaca a necessidade dos homens terem uma clara noção dos riscos que os filhos correm diante deste fenómeno.
Noutra parte da entrevista, o General “Foge a Tempo”, como ficou conhecido nas lides artísticas, aconselhou os jovens que, por conta das vicissitudes da vida, deixaram de sonhar, a saber enfrentar as dificuldades, pois não são os únicos com problemas. “Nem todos os ricos nasceram ricos”.
“Não são as condições que tu nasces que vão definir quem tu serás no futuro. Se a tua condição social actual não é favorável, não te preocupes, use ela como uma fase de aprendizado”, prosseguiu.
Ao ser questionado sobre os seus projectos, informou que pretende construir, no distrito do Sambizanga, uma escola de artes, uma biblioteca e um centro de apoio psicológico.
Formado em Relações Internacionais, Costa é filho de Mário Manuel e de Margarida Manuel Francisco Vilola.
É integrante do grupo humorístico “Os Tuneza”, criado em 2003, constituído pelos actores, Orlando Rodrigues, Cesalty Paulo e José Chieta. Encarnou diferentes personagens, mas a de General “Foge A Tempo”, que retrata a história de libertação de Angola, tornou-se a mais mediática. Lil/ART