Ondjiva – Cinquenta e oito denúncias de natureza diversa foram notificadas em 2022, pela Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) na província do Cunene, menos três que o igual período anterior.
As denúncias resultaram na abertura de 58 processos, dos quais 14 finalizados e 44 sujeitos a procedimentos de diligência, informou à ANGOP, esta quinta-feira, o delegado do IGAE no Cunene, Moisés Sovi.
O responsável disse que as queixas mais constatadas estão relacionadas com o mau atendimento e prestação de serviços de qualidade, por parte de alguns funcionários nas instituições.
Explicou que com a instalação da linha de atendimento (call center), foram registadas 426 chamadas, das quais cinco resultaram na abertura de processos na delegação, enquanto 138 transferidos para os órgãos de justiça.
Fez saber que o IGAE recuperou sete viaturas que estavam em posse de antigos gestores reformados, das administrações municipais, sendo quatro no Curoca e três no Cuanhama.
Sublinhou que no período em análise, foi detido um indivíduo por mau uso de uma viatura de serviço que a colocou em actividades de táxi, recuperou-se a viatura entregue ao Gabinete Provincial dos Registos no Cunene.
“Realizamos ainda algumas acções inspectivas, a destacar uma acção ordinária de carácter geral, na administração de Namacunde, Cuanhama e outra de auditoria no Gabinete dos Recursos Humanos do Governo, que estão em curso”, realçou.
Moisés Sovi disse que foram realizadas numa primeira fase acções de fiscalização em 10 projectos inseridos no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), em Ombadja, Cuanhama e Cahama.
A IGAE é um órgão auxiliar do Executivo, com objectivo de efectuar o controlo interno administrativo da administração pública, por via da inspecção, fiscalização, auditoria, supervisão, controlo, sindicância e averiguações de todos os órgãos, organismos e serviços da administração directa e indirecta do Estado, bem como das administrações autónomas.
Tem ainda a missão de prevenir e detectar fraudes, actos de corrupção e de improbidade, irregularidades, desvios de conduta por parte dos funcionários públicos ou agentes administrativos que os compõe, bem como a defesa do património público e fortalecimento da integridade e transparência na gestão dos bens públicos.