Luanda – Mais de três mil casos de violência contra criança foram registados em 2023, no sector desportivo, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), informou esta sexta-feira, em Luanda, o director-geral da instituição, Paulo Kalesi.
Os dados foram avançados à imprensa, no final de uma palestra sobre a prevenção de abusos sexuais a menores, dirigida aos profissionais do Clube Desportivo do Petro Atlético de Luanda.
Paulo Kalesi disse que nesse segmento, a violência física, psicológica e assédio sexual estão em maior destaque.
Segundo o responsável, a violência física, fuga a paternidade, violência sexual e a violência praticada nos clubes desportivos são as que mais preocupam.
Sobre a palestra, Paulo Kalesi referiu que serviu para abordar, com os profissionais e a direcção deste clube, a necessidade de se garantir e respeitar os direitos da criança envolvida na prática desportiva, em todas as fases.
Para si, os mecanismos de protecção à criança estão salvaguardados e devem ser assumidos pelas lideranças dos clubes desportivos.
De acordo com o responsável, de forma global, os números de violência contra criança continuam altos.
Avançou como desafio o envolvimento da sociedade na protecção da criança, sobretudo na prevenção da mendicidade.
Deste modo, aconselhou os adultos a não oferecerem valores monetários, nem bens às crianças na via pública, mas direccioná-las as administrações municipais e ao INAC, como forma de evitar que outras crianças prefiram as ruas em detrimento dos lares.
Por sua vez, o presidente do Clube Desportivo do Petro de Luanda, Tomás Faria, afirmou que a intenção foi perceber mais sobre os direitos da criança, de modo a implementar nas suas estratégias.
Informou que doravante, o plano estratégico do clube terá também elementos sobre os direitos da criança, incluindo a implantação de números telefónicos para denúncias de casos, como forma de transformar o clube amigo da criança em todas as vertentes.
Quanto às sanções, Tomás Faria disse que a instituição que dirige será implacável com violadores dos direitos da criança, mediante aplicação de medidas punitivas diversas.
Nesta conformidade, avançou que em situações mais graves serão encaminhados aos órgãos de justiça para o devido tratamento. MGM/OHA