INAD detona mais de mil engenhos explosivos no Bié

     Sociedade           
  • Bié     Sexta, 17 Dezembro De 2021    09h31  

Cuito - Mil e 321 engenhos explosivos diversos não detonados foram destruídos nesta quinta-feira, no município do Cunhinga, pelo Departamento Provincial do Instituto Nacional de Desminagem (INAD) do Bié.

Dos engenhos denotados constam 14 mina anti-pessoal, três minas anti-tanque, 203 abuses de morteiro 82, 81, 60 e 120 milímetros, 30 roquetes diversos, 16 granadas, 19 VOG-17 milímetros e nove AGS-17 milímetros.

Figuram ainda 98 ZU-23 milímetros, uma munição de 106 milímetros, 17 munições de 130, cinco munições de aviação BLU-23, dois roquetes de aviação, um míssil terra ar, 416 munições de 14,5 e 487 quilogramas de munições de pequenos calibres.

O INAD procedeu, em Março do ano em curso, ao governo da deste território nacional, 120 hectares de terras desminadas, que agora estão a servir na implementação de projectos de impacto social.

O chefe de departamento do INAD do Bié, Frederico Pilartes da Silva, sublinhou que os engenhos detonados foram recolhidos em campos de verificação de desminagem, informação dadas pelas populações, da Polícia Nacional (PN), com realce para os municípios do Cunhinga, Cuito, Chinguar.

Frederico Pilartes da Silva afirmou ainda que, para o próximo ano, o INAD vai operar em campos agrícolas do Cunhinga e no troço Cuemba/Munhango, onde já estão identificados áreas minadas, tendo solicitado a colaboração dos cidadãos a fim de denunciarem mais outras regiões, bem como a evitarem manusear engenhos estranhos.

No município do Cunhinga, os explosivos foram recolhidos em cinco pontes que estão agora a ser construídas no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), bem como dos troços Cunhinga/Belo-Horizonte, Cunhinga/Capeio e Cunhinga/Tunda Chivava.

As pontes, segundo a administradora municipal, Georgina Lumati, poderão entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2022, ao passo que as terraplanagens feitas nos referidos troços estão já a beneficiar as populações desde este ano, facilitando, assim, a circulação de pessoas e bens com mais eficiência.

Por sua vez, o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas do Bié, José Fernando Tchatuvela, avançou que, apesar dos esforços que o Executivo angolano tem vindo a fazer na desminagem desta região, a província continua a ser uma das mais minadas do país, fruto do conflito armado que Angola enfrentou.

Considerou positivo o trabalho que se tem estado a efectuar neste domínio, na medida em que contribui na circulação com segurança de pessoas e bens.

No primeiro semestre deste ano, a Organização Não Governamental britânica “The Halo Trust limpou doze campos minados e armadilhados com diversos engenhos explosivos, mais 11 em relação ao período anterior.

Das áreas limpas, oito estão localizadas nos arredores da comuna do Cuanza, município de Camacupa, duas em Calombambi (Catabola) e igual número na comuna sede municipal do Cuemba.

No total foi desminada uma área de 227 mil e 825 metros quadrados, mais 92 mil e 100 metros quadrados que o semestre anterior.

Durante o processo de desminagem foram ainda removidos 109 minas anti-pessoais (+25), 17 minas anti-tanques (+11), bem como mais de mil engenhos explosivos não detonados (-800).

Para o sucesso dos trabalhos, a The Halo Trust adquiriu um novo detector de controle remoto, origem suíça, denominado “DIGGER”, que tem permitido clarificar 800 a 1000 m2 de campos minados por hora.

Neste segundo semestre, as acções estão direccionadas na limpeza de seis campos minados, nos municípios do Cuemba e Camacupa, respectivamente.

Em 2020, no Bié, os trabalhos de desminagem permitiram a limpeza de uma área de dois milhões, 249 mil 544 metros quadrados, onde foram removidas e destruídas 116 minas anti-pessoais, 36 anti-tanques, três mil 708 de outros engenhos explosivos não detonados e sete mil 473 munições diversas.

Os trabalhos de desminagem na província do Bié são assegurados pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Brigada C da 4ª Divisão das Forças Armadas Angolanas (FAA), 4ª e 6ª Brigadas de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República, bem como o Departamento de Armas e Explosivo do Comando Provincial da Polícia Nacional.





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