Luanda - Presos ao vício, sete mil e cento e trinta adolescentes e jovens toxicodependentes são controlados pelo Instituto Nacional Anti – Drogas (INALUD), avançou, nesta quinta-feira, o director adjunto da instituição, Sucami André.
Deste número, mais de 100 são mulheres e na faixa etária dos 11 aos 65 anos.
O país conta apenas com um centro de reabilitação e tratamento de toxicodependentes estatal.
O responsável, que falava à margem do lançamento da "Campanha de Prevenção Sobre o Consumo Excessivo de Bebidas alcoólicas e outras drogas", considerou a situação preocupante.
"O acesso e disponibilidade de bebidas tem no mercado faz com que adolescentes e jovens tenham facilidade em adquirir o produto", acrescentou.
Para contrapor essa realidade, a instituição tem envidado esforços no sentido de controlar o acesso as bebidas alcoólicas aos jovens e adolescentes.
Por seu turno, a ministra da Juventude e Desporto, Ana Paulo do Sacramento, considerou que o consumo desequilibrado de álcool e outras drogas é um problema global que compromete o desenvolvimento individual, social e económico das famílias e da sociedade em geral.
De acordo com a ministra, o número de adolescentes e jovens consumidores de bebidas alcoólicas e outras drogas aumenta substancialmente, principalmente em zonas suburbanas, devido à sua fácil aquisição.
Segundo a responsável, o uso exagerado de bebidas alcoólicas e outras drogas está a causar a desestruturação de famílias, interrupção de sonhos e projectos de vida, desequilíbrio nas relações interpessoais.
Para a ministra, esta vulnerabilidade a que estão expostos os adolescentes e jovens, bem como a influência das más companhias e o desemprego são alguns factores que contribuem para o actual quadro preocupante.
"Estamos a perder muitos jovens para o mundo das drogas. Não podemos esperar e permitir que este grave problema chegue à nossa casa e leve consigo um membro de nossa família. É chegado o momento para dizer basta e cerrarmos fileiras contra este mal que também ameaça a nossa economia", lamentou.
Ana Paulo do Sacremento sublinhou que nos últimos dois anos se assiste ao surgimento de substâncias psico-activas de produção artesanal que têm ceifado inúmeras vidas, tais como o uso da planta “kapassarinho”, a “famosa água do chefe (caseira)”, a caipirinha do azar, drogas de fácil acesso.