Chicomba – A falta de cumprimento dos cronogramas de trabalho, prazos contratuais por parte das empresas e o atraso no pagamento das facturas por parte da Direcção Nacional de Investimentos Públicos, do Ministério das Finanças, estão a inviabilizar o andamento das obras do PIIM no município de Chicomba, na Huíla.
O problema levou o governador da Huíla, Nuno Mahapi, ao município onde, em dois dias, avalia a situação com as autoridades locais, no quadro de um jornada que levará também a Chipindo, Caconda e Caluquembe.
Segundo o administrador municipal-adjunto da circunscrição para os serviços técnicos e infra-estruturas, João Cambanje, que apresentou relatório síntese do PIIM em curso na região durante o encontro com o governador, a situação está a criar embaraços ao programa.
Por isso, o responsável sugeriu a descentralização das modalidades de pagamentos do governo central para os governos provinciais, de modo a se evitar atrasos na execução financeira, que se repercutem nas empreitadas.
O município de Chicomba tem cinco projectos do PIIM para promover o desenvolvimento local, pois alguns tiveram início em Julho e em Novembro e Dezembro de 2020, para serem executadas em dois, três e seis meses, mas nenhum está concluído.
De entre eles, consta a ampliação e reabilitação do sistema de abastecimento de água da sede do município, orçado em 178 milhões de Kwanzas, cujas obras iniciaram em Julho de 2020 e com um nível de execução física e financeira na ordem dos 89,34 por cento.
O outro é a ampliação do hospital municipal, cujas obras decorrem desde Julho de 2020, com um orçamento de 130 milhões 591 mil 780 kwanzas ), estando com uma execução física e financeira de 73,59 por cento, quando o prazo de execução seria de seis meses.
Quadro idêntico verifica-se com a construção de um sistema de água e bebedouro animal, orçado em 17 milhões 348 mil 179 Kwanzas, com execução física e financeira de 44,99 por cento.
Os últimos são a reabilitação e ampliação da rede de distribuição energia e iluminação pública (190 milhões de Kwanzas) que está 61,66 por cento de execução física e financeira e a requalificação das vias do município (1.995 milhões de Kwanzas), com execução física de 36 por cento e financeira de 29, ambas paralisadas.
Na ocasião, o governador provincial, Nuno Mahapi, disse que a situação vai ser analisada com os órgãos competentes.
Novo modelo de trabalho
Por outro lado, o governador da Huíla disse que os assuntos ligados à saúde, energia e outros sectores, doravante serão tratados directamente com os directores municipais.
Segundo ele, é um modelo de trabalho que começa a ser ensaiado, sendo que os sectores vão receber directamente os subsídios, discutir dificuldades, visando a rápida resolução dos problemas da população