Malanje- Jornalistas dos órgãos de comunicação social públicos e privados participaram hoje, terça-feira, de uma formação em matérias de cobertura eleitoral e deontologia e qualidade do jornalismo, visando fazer face as eleições de 24 de Agosto próximo.
Com duração de apenas um dia, a acção formativa foi promovida pelo Secretariado Provincial do Sindicatos dos Jornalistas Angolanos (SJA) em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola e visou dotar os profissionais de ferramentas que permitirão uma cobertura isenta do pleito.
Temas como o jornalismo Online, cobertura tradicional de eleições, cobertura do jornalismo engajado e de soluções, jornalismo digital e a média social, bem como sistema eleitoral angolano, constam das matérias abordadas.
Na ocasião, o secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido, prelector da formação, precisou que quanto mais os jornalistas dominarem os principais instrumentos de direitos humanos, mais facilidades terão em servir os cidadãos em matérias jornalísticas ligadas ao processo das eleições gerais.
Na sua visão, hoje os cidadãos confiam menos na informação que recebem dos órgãos públicos, por conta da censura que as matérias sofrem, por isso urge a inversão do quadro, por meio do exercício de um jornalismo mais isento e plural.
Para ele, em muitos casos, os conteúdos noticiosos não observam os princípios deontológicos, o que contribui para a falta de confiança por parte do público, daí que o jornalista tem a tarefa e obrigação de mostrar a verdade e compromisso no acto de divulgação das notícias.
“No período eleitoral em Angola, os médias têm 3 a 4 vezes mais responsabilidades do que do nos dias normais, porque diz-se que em África quem ganha as eleições, ganha por conta dos médias e quem perde, refere que os médias estiveram contra ele”, alertou.
Por sua vez, a adida adjunta de imprensa, cultura e educação da Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola, Leshawna Johnson, considerou fundamental a formação, porquanto incute nos jornalistas conhecimentos sobre o direito político eleitoral e o estado de direito e democrático, para que estejam devidamente preparados para a cobertura das eleições, com isenção, lealdade, rigor e imparcialidade.
A formação é a primeira do género realizada este ano em Malanje.