Luanda - A aplicação de três mil milhões de dólares norte-americanos (Um dólar equivale a KZ 832,824) ao Plano Nacional de Fomento ao Turismo (PLANATUR), é um passo importante para o desenvolvimento do turismo a nível nacional, considerou, esta segunda-feira, o empresário Emerson Raposo.
Com esta verba, o Executivo pretende investir, entre 2024 a 2027, na revitalização do sector do turismo, focado a nível de oito províncias com mais potencial nomeadamente, Benguela, Luanda, Cuando Cubango, Cuanza-Norte, Malange, Namibe, Huíla e Zaire.
O plano, a ser aplicado por fases, está ligado a despesas de apoio de desenvolvimento, que cobrirão acções a curto e médio prazos, de capacitação, estruturação, promoção e desenvolvimento da oferta turística.
Em entrevista à ANGOP, o empresário na área do Ecoturismo, Emerson Raposo, reconheceu a vontade política do Executivo em prol da promoção do turismo, face à necessidade de alavancar o sector.
Essa iniciativa, referiu o jovem empreendedor, coloca o país mais perto da diversificação da economia e promove o crescimento do sector do turismo.
Emerson Raposo ressaltou que este investimento poderá ser aplicado no desenvolvimento de infra-estruturas, formação e capacitação de técnicos e aperfeiçoamento do quadro legal.
A par destas áreas mencionadas, Emerson Raposo referiu ainda a necessidade potenciar os empresários do ramo, com a facilitação de crédito, no sentido de estimular o surgimento de novos investimentos no sector.
Neste sentido, a fonte apontou ainda alguns factores que jogam a desfavor do desenvolvimento do turismo no país, destacando fraca divulgação do potencial angolano no exterior.
Por isso, defendeu que o Ministério do Turismo deve sentar-se com os principais actores do mercado, em busca de visões e soluções dos problemas inerentes ao sector, com objectivo de melhorar a aplicação das verbas disponibilizadas pelo executivo.
Construção de zoológico em Luanda
No âmbito do investimento directo no sector, tendo em conta os objectivos do PLANATUR, o jovem empresário na área do ecoturismo projecta a construção de um zoológico na província de Luanda, numa área de 14 hectares, que poderá albergar cerca de dois mil animais e 150 espécies.
Este projecto, disse, vai marcar uma nova era na ciência investigativa da fauna e da flora, educação ambiental, no lazer e preservação de espécies em via de extinção, bem como servir de centro de passagem de animais importados e exportados para efeito de quarentena e despistagem de doenças.
“Em qualquer parte do mundo, o Zoo torna-se num ponto de visita e um cartão postal da cidade, queremos proporcionar isso à nossa sociedade”, referiu.
Quanto à funcionalidade do espaço, afirmou que a preservação será a palavra-chave, sendo que o retorno do investimento sempre será positivo, uma vez que vai se apostar na partilha de conhecimento por meio de excursões escolares.
A nível económico, Emerson Raposo disse que o projecto possibilitará a criação de novos postos de trabalhos, com realce para o emprego de jovens profissionais em diversas áreas.
“Temos o espaço e a força física e mental para avançarmos e fazer a diferença em prol do desenvolvimento do país”, disse.
Afirmou que o ecoturismo oferece muitas oportunidades para os jovens empreendedores, a julgar pela abrangência do mesmo e os grandes desafios de investimento em diversas áreas, como a restauração, guia turístico e outras.
O Governo angolano definiu o Turismo como umas das prioridades para a diversificação da economia do país. Neste quadro, aprovou, em 2023, o Plano Nacional de Fomento ao Turismo (PLANATUR), concebido para dar maior valor aos vários locais turísticos já criados em todo o território nacional, como o centro histórico da cidade de Mbanza Kongo, os pólos de Cabinda, de Cabo Ledo, de Okavango e do Namibe. ANM/ART