Lubango - Pelo menos 33 máquinas de "jogos da sorte ou de azar”, de 90 instaladas há um mês na cidade do Lubango por um cidadão vietnamita, foram adulteradas para enganar os clientes, supostamente por operadores já detidos pelo Departamento de Investigação e Ilícitos Penais (DIIP) da Polícia Nacional.
Trata-se de três funcionários, um de 24 e dois 26 anos de idade, provenientes das províncias do Cuanza Sul, Huambo e o outro residente no Lubango, que supostamente adulteraram as máquinas para que ninguém ganhasse.
Em declarações hoje, terça-feira, à ANGOP, nesta cidade, o chefe do DIIP-Huíla superintendente Pedro Cassoma Mendes, referiu que os cidadãos foram detidos na última quinta-feira última no bairro Mitcha, após uma investigação que resultou de uma denúncia do proprietário.
Explicou que o cidadão vietnamita tem as máquinas de jogo que se colocam moedas, um negócio que já faz no Huambo e Cuanza Sul, tendo optado agora em expandir à Huíla, para onde trouxe dois técnicos dessas duas províncias com os quais trabalha há algum tempo.
Conforme o oficial, foram trazidas 90 máquinas e colocaram em certos pontos da cidade do Lubango, como restaurantes, bares, cantinas e residências, mas os funcionários teriam substituído algumas placas de programação que fazem o controlo da saídas e entrada do dinheiro, sem que o proprietário se apercebesse.
Esclareceu a placa é conectada com um smartfhone do proprietário (vietnamita) que permite que receba notificações de toda movimentação feita pelos clientes, estando agora a ser feito um trabalho no sentido de avaliar outras maquinas.
Referiu que o proprietário não tem ideia do tamanho do prejuízo, pois precisam identificar quantas pessoas foram lá jogar e o valor que cada um apostou, mas estima-se que os suspeitos tenham embolsado entre 40 a 45 mil kwanzas/dia.
Fez saber que a nível da Huíla há vários vietnamitas no negócio de implantação de tais máquinas e estão agora a abrir um processo de investigação para ver outros estabelecimentos com tais equipamentos.
Informou que o contracto que o vietnamita tem com o estabelecimento é diário, em função da facturação de 10 a 15 mil kwanzas por dia, em média.
As máquinas de jogos da “sorte ou de azar” são usadas maioritariamente por jovens e crianças que fazem da actividade um vício. As mesmas só aceitam moedas metálicas de 50 e 100 kwanzas, sendo que o jogador, se tiver sorte, pode ganhar até 10 mil kwanzas por cada tentativa. EM/MS