Luanda - O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) lançou hoje, quinta feira, no município de Viana, em Luanda, o projecto de geração de trabalho e renda que visa apoiar as famílias refugiadas residentes em Angola.
Durante o acto de lançamento, o secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio do Amaral, realçou que nesta primeira fase o projecto vai beneficiar 41 famílias refugiadas de forma directa e indirectamente cerca de 250 pessoas em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa visa aumentar a renda das famílias refugiadas, através de actividades de comércio precário, corte e costura, e melhorar as condições de vida das mesmas.
Lúcio do Amaral realçou que, para o exercício destas actividades, os beneficiários foram capacitados com lições básicas de micro-finanças e poupanças, com técnicas de gestão de pequenos negócios e soluções familiares de poupança.
O projecto, avançou, será objecto de monitoramento e avaliação do impacto, sendo que, em função dos resultados, deverá abranger os outros refugiados residentes nas demais províncias.
O responsável informou que vivem em Angola 25 mil e 606 refugiados que beneficiam de protecção e assistência social, incluindo o acesso a saúde, água, saneamento, educação, terras para autoconstrução dirigida, actividade agrícola, bem como o registo às crianças nascidas em território angolano.
Por sua vez, a responsável das mulheres refugiadas residentes no município de Viana, a congolesa democrata Mami Mujinga, enalteceu a iniciativa do projecto, precisando que nesse momento enfrentam várias dificuldades como a falta de documentação para a obtenção de um emprego, a vulnebilidade que muitas famílias refugiadas enfrentam, o saneamento básico nas zonas onde residem.
Na zona da Sanzala, Distrito Urbano de Viana Sede, residem refugiados provenientes da Serra Leoa, República Democrática do Congo (RDC), Rwanda, Senegal e Burundi.