Lubango - A Administração Municipal do Lubango carece de pelo menos cinco mil milhões, 211 milhões de kwanzas para preparar espaços e erguer mais de mil residências evolutivas para o realojamento de famílias residentes em zonas de risco.
A informação foi avançada pelo administrador-adjunto para o sector Técnico e Serviços Comunitários do Lubango, Orlando Braz, referindo tratar-se de um valor que serviria para a construção de mil 737 residências para o igual número de famílias.
Declarou que o levantamento feito permitiu o cadastramento de mil 737 famílias que vivem em pelo menos 69 zonas de risco, localizadas nas comunas sede, Arimba, Huíla e Quilemba.
Segundo o responsável, a construção de uma casa evolutiva, em média, ronda três milhões de kwanzas e do ponto de vista de reassentamento dos espaços para lotear precisa-se de equipamentos pesados, meios logísticos, entre combustíveis e lubrificantes.
"Se temos mil 737 famílias nesta condição e partindo do princípio que todas elas iriam para casa evolutivas, com um custo geral de três milhões, haveria necessidade de cinco mil milhões 211 milhões de kwanzas para a construção das casas evolutivas", frisou.
Considerou que nem todos os moradores serão destinados para essas residências, pois existe um critério de entrega dessas residências, para tal o valor é indicativo, na vertente de que cada um iria receber uma residência e chave na mão.
Salientou ser uma preocupação da administração, a salvaguarda do bem vida do munícipe e particularmente desta franja vulnerável.
Explicou que as zonas de risco estão graduadas e existem projectos de continuidade, de construções de casas evolutivas e por via destes e em função do nível e gravidade da situação vão se atendendo as pessoas que se encontram nessa condição.
“A solução não passa só para somente levar os munícipes para as casas evolutivas, a administração tem também projectos de espaços para loteamento e levar essas pessoas para essas zonas e serem loteadas”, manifestou.
São consideradas áreas de risco locais expostos a desastres naturais como lagoas e rios sujeitos a inundação, encostas ou topos de morros com risco de desabamento, áreas contaminadas por resíduos tóxicos, entre outros, regiões onde é não recomendado a construção de casas ou instalação.
O município do Lubango, capital da província da Huíla, tem uma população estimada em 990 mil 165 habitantes.