Lubango – A Administração do Lubango alertou hoje, quinta-feira, nesta cidade, às famílias que têm jazigos no velho cemitério do Alto da Mitcha, a contactar a direcção municipal do Ambiente e Saneamento, a fim de restaurá-los, na sua maior parte degradados e vandalizados.
O cemitério da Mitcha, o mais antigo da cidade, existe desde a época colonial, está encerrado para novos funerais há seis anos, recebendo somente enterros em jazigos familiares, situação que o deixou em estado, de quase abandono, o que facilita a acção dos ladrões e vândalos.
A estrutura tem 21 jazigos e a guarnição é assegurada por dois seguranças que trabalham em regime de turno, que se afiguram insuficientes para a tarefa.
Ao falar de um comunicado tornado público, na semana finda, o director de Comunicação Social da AML, Zacarias Chicunga, afirmou que as famílias têm 90 dias para iniciarem de processos de reparação e conservação dos mesmos, pois os jazigos são pertença das famílias, daí ser obrigação destes os cuidar.
Referiu que tal decisão surge da preocupação da administração municipal verificar nos últimos tempos a vandalização dos mesmos, agravado pelo facto das famílias não prestarem, há muitos anos, qualquer acto de manutenção.
Por a maior parte dos jazigos ter recebido corpo na era colonial, a administração disse ter contactado o auxílio do Consulado Português local, pois uma boa parte dos cidadãos que lá jazem são do período antes a 1975.
Zacarias Chicunga reforçou o alerta às pessoas para permitir que neste prazo se manifestem e apresentem um plano de recuperação, de reabilitação ou até se entenderem fazer inumação, a administração pode criar as condições para tal procedimento. EM/MS