Luanda - A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, destacou esta quarta-feira, em Luanda, o papel das mulheres angolanas no processo de construção e desenvolvimento do país.
Ao discursar no 62º aniversário da fundação da Organização da Mulher Angolana (OMA), que hoje se assinala, Luísa Damião reconheceu que o país tem registado avanços significativos nos mais variados domínios.
Destacou a participação das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão, com ênfase para a vida política, económica e social.
“Está mais do que comprovado de que a igualdade no género e o empoderamento das mulheres trazem vantagens para as sociedades. O nosso trabalho deve ser no sentido de continuarmos a mobilizar e sensibilizar as raparigas e mulheres para aproveitarem a igualdade de oportunidades, no acesso à educação, à formação técnico-profissional e aos cuidados de saúde”, referiu.
Neste sentido, encorajou a OMA a continuar a reavivar a mística da sua organização, através da impregnação de uma convicção política e social que se multiplica no seio das mulheres angolanas.
Destacou ainda a capacidade da OMA se transfigurar, descer às bases e ir ao encontro das mulheres na comunidade, espaço rural e periferia, para identificar os problemas e oferecer propostas de solução.
De acordo com a vice-presidente do MPLA, os 62 anos da OMA devem servir de reflexão, introspecção e renovação dos seus compromissos.
Avançou que o lema escolhido para as comemorações deste ano, “participação, inclusão e desenvolvimento”, é actual e prioritário no país.
De acordo com a partidária, a OMA é cada vez mais uma organização madura e bastante experiente, com uma trajectória histórica marcante.
Por sua vez, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, homenageou as fundadoras da organização, entre as quais Deolinda Bebiana de Almeida, Marilina Figueiredo de Carvalho, Irene Webba, Celeste Rodrigues, Lídia de Almeida, Deolinda Rodrigues, Regina da Silva, Teresa Herbeth Inglês, Irene Cohen e Albina Faria Assis.
“Estas mulheres viveram momentos difíceis. Por isso, a melhor forma de homenageá-las é fazer com que a organização continue a somar pontos nos seus trabalhos e procurar estar mais próxima dos problemas da população”, salientou.
Joana Tomás reafirmou o compromisso da OMA em trabalhar com as comunidades, lembrando que uma das suas lutas tem sido o combate ao abuso sexual de menores e à violência no género.
Neste sentido, apelou à Polícia Nacional a ser implacável e célere na resolução desses casos.
A OMA foi fundada em 1962 em Leopoldville, actual República Democrática do Congo (RDC), por um grupo de mulheres angolanas, filiadas na associação filantrópica “Kudiangó”.
A organização feminina do MPLA festeja o seu aniversário a 10 de Janeiro, em homenagem às co-fundadoras Deolinda Rodrigues, Lucrécia Paim, Maria Eugénia, Teresa Afonso, Irene Cohen, Ruth Neto, entre outras. EVC/MCN/OHA