Luanda - A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês "Inga", recebeu, nesta quarta-feira, em Luanda, do Governo venezuelano a medalha da "Ordem Francisco Miranda”, em reconhecimento pela contribuição na luta de libertação de Angola e entrega permanente ao trabalho e a pátria.
O acto de atribuição, realizado pelo embaixador da Venezuela em Angola, Marlon Labrador, é a maior distinção conferida a cidadãos venezuelanos ou estrangeiros.
A condecoração, feita pela primeira vez a personalidades estrangeiras, insere-se na celebração do desaparecimento físico de Hugo Chavez, a cinco de Março de 2013, e dos 200 anos da Batalha de Caraboo (uma das principais acções militares da guerra de independência da Venezuela), a assinalar-se a 24 de Junho.
Além de Luzia Inglês, o Governo Venezuelano condecorou, simultaneamente em videoconferência, quatro outras personalidades africanas com o galardão da Ordem Francisco Miranda.
A lista é composta por Samuel Daniel Shafiishuna “ Sam Nujoma”, primeiro presidente da Namíbia, Joaquim Alberto Chissano, ex-presidente de Moçambique, Netumbo Nandi-Ndaitwa, vice-primeiro ministro e ministro das Relações Internacionais e Cooperação da Namíbia, Oppah Muchinguri, ministra da Defesa de Zimbábue, e Oliver Tambo, a título póstumo, político anti-apartheid sul-africano.
Numa mensagem em vídeo, exibida na cerimónia, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou o contributo de Angola na luta anti-apartheid.
Nicolás Maduro apelou para o reforço das relações de amizade e cooperação com os países africanos da África Austral.
Considerou de merecida as condecorações e reconheceu espírito de persistência, coragem e lealdade dos povos africanos na luta pela independência dos seus países.
Falando na ocasião, Luzia Inglês considerou o reconhecimento prova da “forte relação de amizade, irmandade e solidariedade existente entre os povos venezuelano e angolano”.
A secretária-geral da OMA destacou, na ocasião, as excelentes relações de amizade e cooperação entre Angola e Venezuela em prol do bem-estar social dos dois povos.
“Sinto-me honrada e feliz por ter sido reconhecida pela minha contribuição junto de muitos combatentes angolanos e considero a distinção uma homenagem para o país”, salientou.