Ondjiva - Quinze famílias dos municípios de Ombadja, Cuanhama, Namacunde e Cahama, província do Cunene, beneficia de fornecimento de água domiciliar através da Empresa de Águas e Saneamento do Cunene.
Para efeito, a empresa dispõe de três estações de captação e tratamento localizada no Xangongo, com uma conduta de mais de 200 quilómetros, que abastece a sede do município de Ombadja, Môngua, Embulunganga, Ondjiva, Anhanca, Namacunde sede e a vila de Santa Clara, e outras duas na Cahama e povoação de Calueque.
A informação foi prestada sexta-feira pela administradora para a área Administrativa e Financeira da EASC, Verdiana José, por ocasião do Dia Mundial da Água, referindo que, das 15 mil ligações efectuadas, apenas 12 mil e 750 clientes celebraram contrato com a empresa.
Esclareceu que a diferença existente advém de muitas razões, como o facto de algumas pessoas adulteram o sistema fazendo ligações e não celebram contratos com a empresa.
Desta feita, disse que a empresa está a desenvolver um trabalho de identificação dos mesmos no sentido de serem responsabilizados e regularizar a situação, através da brigada criada para o efeito.
A nível da produção, disse que os padrões são aceitáveis, mas o problema resume-se na aquisição dos produtos químicos para garantir a qualidade da água, por serem bastantes honorosos, apesr de neste momento exisstir um stock aceitável.
Justificou serem produtos importados e, com a vulnerabilidade da inflação económica que o país enfrenta, existirem dificuldades na gestão da empresa, que conta apenas com 12 mil clientes.
“Pela dimensão da empresa, no mínimo, deveríamos ter entre 30 a 40 mil ligações para garantir o conforto nos custos de aquisição de produtos e manutenção rigoroso equipamento de ponta instalado", disse.
Outrossim, apontou os constantes problemas das perdas técnicas resultante das roturas provocada pelo vandalismo da conduta Xangongo/Ondjiva, sobretudo na época seca e das dívidas comerciais que continuam a crescer.
Verdiana José fez saber que actualmente o valor global da dívida acumulada é de 450 milhões de kwanzas, tanto de clientes domiciliares como das instituições públicas e privadas.
Frisou que o não pagamento desta dívida inviabiliza a execução dos projectos de expansão da rede, bem como de outros encargos como impostos, combustível e pagamentos com os fornecedores.
A gestora disse que para a recuperação do valor em causa está em curso o processo de negociação com os consumidores, no sentido do pagamento faseado das dívidas, bem como através de acções educativas massivas da população para a valorização da água que é um bem imprescindível à vida.
“Estamos a desenvolver um ciclo de campanhas de sensibilização dos consumidores, que está a ser levado a cabo pelos fiscais da empresa, assim como serão aplicadas multas e efectuados cortes ao fornecimento de água aos clientes incumpridores”, advertiu.
Centralidade beneficia de ponto de atendimento ao cliente
Em saudação à data, a empresa procedeu sexta-feira (22) a abertura de um ponto de atendimento ao cliente na centralidade Dom Fernando Kevano, inaugurado pelo vice-governador para o sector Social, Político e Económico, Apolo Ndiloulenga.
O posto, segundo a administradora, vai atender cerca de dois mil e 500 clientes residentes na centralidade e bairros circunvizinhos, nomeadamente o Ekuma 1 e 2, as Caxila e Oshamukuio.
Já o vice-governador Apolo Ndinoulega enalteceu a iniciativa, que vai levar os serviços próximos dos cidadãos, descongestionar as enchentes e dignificar os clientes.
O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/ RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993.
O objectivo da efeméride é promover a consciencialização sobre a relevância da água para a sobrevivência humana e outros seres vivos.
Além disso, a data é um momento para lembrar a importância do uso sustentável desse recurso e a urgente necessidade de conservação dos ambientes aquáticos. FI/LHE/SC