Malanje- Setecentos e 50 crianças afectas a Lares e Orfanatos, bem como estudantes e religiosas, marcharam hoje, segunda-feira, contra o trabalho e exploração infantil, exigindo mais respeito e melhor tratamento.
A marcha foi promovida pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), no âmbito da jornada da criança e do dia mundial contra o trabalho infantil, que hoje se assinala e serviu para repudiar os adultos, incluindo pais e encarregados de educação que forçam menores a desenvolver actividades geradoras de renda.
Os petizes percorreram várias artérias da cidade de Malanje, exibindo cartazes com dizeres como “Abaixo a violência contra a criança”, “Diga não a violência contra a criança”, “ Educar a criança para um futuro melhor”, “Não o trabalho infantil”, entre outras formas de protesto.
O vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas, Angelino Quissonde reiterou a necessidade do cumprimento dos 11 compromissos da criança, tendo condenado a exploração infantil, que vem se registando nos últimos tempos nas sociedades.
“Somos nós os adultos que devemos criar as melhores condições de habitabilidade e de convivência para as crianças, quando assim não acontecer devemos ser punidos”, frisou.
Por sua vez, a chefe dos Serviços Provinciais do Instituto Nacional da Crianças (INAC), Sara Domingos precisou que este ano foram registados 25 casos de violência contra menores, desde a exploração e trabalho infantil, agressão física e violação sexual, fenómenos cujo combate passa pela intervenção social e jurídica urgente, com vista a se preservar e garantir a dignidade dos menores.
Admitiu a necessidade de se trabalhar cada vez mais na consciencialização dos adultos e das famílias de Malanje para a participação nesta luta, pelo que, o INAC estará atento a todos os fenómenos que põe em causa a vida e a dignidade das crianças, tendo apelado para a denúncia dos actos contra elas.
Enquanto isso, em mensagem, as crianças chamaram atenção aos adultos no sentido de protegê-las de todos os males como agressões físicas, abuso sexual e outros.
As jornadas da criança decorrem sob o lema “Municipalizar os 11 compromissos para melhor proteger a criança”. RM/NC/PBC