Malanje- Quarenta e seis mil e 559 crimes de natureza diversa, foram registados de Janeiro a presente data, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no país, segundo deu a conhecer hoje, segunda-feira, em Malanje, o director-geral do órgão, comissário-chefe António Paulo Bendje.
De acordo com o responsável, que falava por ocasião do acto central dos 47 anos do SIC, hoje assinalados, deste número, 29 mil e 219 crimes foram esclarecidos e 31 mil e 98 cidadãos foram detidos pela prática dos mesmos.
Explicou que comparativamente ao igual período de 2021, houve reduções de mil e 461 crimes, de 499 detenções e de 22 mil e 56 esclarecimentos.
Fez saber que apesar da redução dos crimes, o SIC continua engajado na luta contra a criminalidade, sendo que a maior preocupação recai para os actos de violação sexual, violência doméstica, vandalismo dos bens públicos e todos os delitos praticados com recurso a arma de fogo.
Manifestou a aposta do SIC na luta contra os crimes cibernéticos, com destaque para as burlas que ocorrem a partir das redes sociais, cujos casos tendem a aumentar, apesar das dificuldades que ainda se enfrenta para fazer face a essa empreitada, devido a falta de meios electrónicos afins com capacidade para identificação fácil dos burladores.
“Estes tipos de crimes só se combatem com recursos humanos e tecnológicos à altura das exigências”, frisou, acrescentando que por este facto, continuarão a ser feitos trabalhos em colaboração com as empresas de telefonia móvel nesta matéria, obrigando o registo de todos os números telefónicos em uso, entre outras medidas.
Referiu por outro lado que o Serviço de Investigação Criminal vem apostando na formação profissional e na criação de condições de trabalho e sociais dos efectivos, bem como na injecção de jovens nos cargos de direcção e chefia, a fim de se imprimir nova dinâmica na gestão.
“O SIC de amanhã será aquilo que fizemos hoje, por isso começamos a injectar jovens na direcção do órgão, para que aos poucos vão assumindo responsabilidades superiores, pelo que esperamos corresponder com as expectativas criadas”, frisou.
Acrescentou que a gestão participativa envolvendo todos, cada um a seu nível, tem sido lema de trabalho.
O acto central do dia do SIC foi presidido pelo ministro do Interior, Eugénio Laborinho e testemunhado por efectivos do Serviço e de outros órgãos afectos ao Ministério do Interior, membros do governo, provedor de justiça, sub-procuradora provincial, entre outros e foi marcado com mensagens de exaltação da data e do seu empenho na árdua missão de prevenir e esclarecer crimes.
As actividades decorreram sob o lema: “com profissionalismo na prevenção e repressão à criminalidade, comemoremos o 47º aniversário da investigação criminal”.
Inicialmente designado por Polícia Judiciária em Angola, os primeiros funcionários da instituição tomaram posse a 28 de Novembro de 1975, tendo mais tarde, em 1981, passado a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e posteriormente Serviço de Investigação Criminal (SIC), designação actual.