Luanda- A representante de Angola junto do Escritório das Nações Unidas e outras Organizações Internacionais acreditadas em Genebra, Margarida Izata, considerou, quinta-feira, a violência doméstica como um problema estrutural por afectar as mulheres, aumentando a subordinação ao género masculino.
A responsável falava num encontro com angolanas naquele país, no âmbito do Dia da Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Conforme, Margarida Izata, trata-se de um problema social presente no âmbito domestico e público em diferentes vertentes, como física, sexual, psicológica, económica e cultural.
Destacou o tráfico de mulheres, mutilação feminina e assassinato como formas quotidianas de violência contra as mulheres.
Dados das Nações Unidas indicam que uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica no mundo, uma questão social e de saúde pública que não distingue cor, classe económica ou social.
A data tem como objectivo de alertar a sociedade sobre os casos de violência maus tratos contra as mulheres como a física, psicológica, assédio sexual e exigir politicas em todos os países para a sua erradicação.
O dia 25 de Novembro foi escolhido em homenagem às irmãs Pátria, Maria Teresa e Minerva Maribal, que foram violentamente torturadas e assassinadas nesta mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo.
As irmãs dominicanas eram conhecidas por "Las Mariposas" e lutavam por melhores condições de vida na República Dominicana.
O combate contra a violência de género tem uma importante dimensão política, consubstanciada na educação e uma resposta adequada da justiça que evite a impunidade.
Em Genebra, o dia 25 de Novembro marca igualmente o início da Campanha Contra a Violência do Género, que termina no dia 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, para homenagear o empenho e a dedicação de todas as pessoas, que ao longo do tempo, têm defendido os direitos humanos, a erradicação de todo tipo de discriminação e promovido a igualdade entre todos e todas.