Matala – O município da Matala, província da Huíla promove de hoje a sexta-feira, o 1º Fórum sobre a Importância da Inclusão Social de Pessoas com Albinismo em Angola, com a realização de consultas grátis de dermatologia e oftalmologia.
Para as consultas contam com cinco médicos, dos quais dois dermatologistas, um oftalmologista, um médico geral e uma psicóloga, bem como registo civil, um evento promovido pela administração local em parceria com o Comité dos Direitos Humanos da Huíla.
Durante dois estão a ser discutidos “os direitos humanos e o albinismo, à luz da Constituição da República de Angola”, “ cuidados a saúde de pessoas de albinismo”, “importância da ratificação do Plano de Acção Regional de Albinismo em Angola”, assim como uma auscultação do grupo.
Em declarações à ANGOP, a directora municipal da Acção Social, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Eunice dos Santos, referiu que para além das consultas, em função da recomendação médica, está a ser entregue medicação, protector solar e bonés.
A ideia de realização do evento, conforme a fonte, é chamar a responsabilidade do Governo, parceiros e membros da sociedade civil, no sentido de ajudar a inclusão do referido grupo, sem preconceito das instituições, das famílias e ainda minimizar a auto-descriminação.
“Queremos ter esse fórum como um ponto de partida para o acompanhamento regular dos albinos, depois vamos organizar a associação municipal do grupo. A ideia é ainda reduzir o preconceito que estes ainda enfrentam na sociedade”, reforçou.
Referiu que a direcção municipal da Acção Social controla 68 albinos, mas só nas primeiras horas da consulta houve o registo de mais de cem em busca de atendimento, entre adultos e crianças, sendo que para além da Matala, têm também dos municípios de Chicomba e Jamba.
Eunice dos Santos salientou que as dificuldades que os albinos enfrentam são conhecidas, desde a sensibilidade da pele e a questão da visão, daí as consultas gratuitas, no sentido de avaliar e analisar de forma a ultrapassar as preocupações para que tenham uma vida melhor.
Sublinhou que apesar de haver albinos inseridos em algumas actividades produtivas, uma boa parte deles apresenta dificuldades de visão e da pele, o que fez com que desistissem da escola e do trabalho.
Participam do 1º Fórum Municipal sobre a Importância da Inclusão Social das Pessoas com Albinismo em Angola, o grupo-alvo, desde pessoas albinas e familiares destes, representantes da Associação Provincial de Albinismo na Huíla, bem como a sociedade civil, instituições privadas e estatais, entre outras. EM/MS