Moradores do Morro dos Veados e Ramiros clamam por serviços básicos

     Sociedade           
  • Luanda     Segunda, 26 Setembro De 2022    13h34  

Ramiros - Moradores dos distritos urbanos dos Ramiros e Morros dos Veados, no município de Belas, em Luanda, clamam pelo abastecimento de água potável, fornecimento de energia eléctrica, aumento da rede escolar, reabilitação de vias de comunicação rodoviária.

Os bairros mais críticos são os da Cuca, Paz, Macuia, Obama, Boa Esperança, Baixa do Maruvo, África do Sul, Terra Prometida, Floresta Mundial, nos arredores do Autódromo de Luanda, onde a maior parte destes serviços são fornecidos, principalmente, pelo sector privado e a preços altos.

O morador Jamba Ferreira, do bairro Cuca, referiu à ANGOP que uma cisterna de 30 mil litros custa entre 38 mil a 40 mil Kwanzas, enquanto uma vasilha de 20/25 litros é adquirida a 100/150 Kwanzas.

Já um contrato domiciliar junto a um agente privado é feito entre 90 mil/100 mil Kwanzas e mensalmente paga quatro mil Kwanzas, sujeito a cortes depois de dois meses de atraso, segundo a moradora do bairro Mundial Manuela dos Prazeres.

 A moradora Edivalda Gonçalves fez saber que em muitos casos a água fornecida pelo caminhões cisternas é salubre, prejudicial a saúde humana, e a energia com qualidade abaixo do normal ( 220 MVA) e com cortes constantes, principalmente à noite devido a subcarga.

Nestes bairros, devido ao estado acentuado de degradação das vias, os serviços de táxi são realizados por carrinhas adaptadas com bancos que percorrem o troço EN-100/ Km 25, 30/Morro dos Veados, Museu da Escravatura até a zona das salinas.         

De acordo com o presidente da Organização de Taxistas e Carrinhas Adaptadas (OTCA), Pedro Gomes, que opera na região, os táxis convencionais ou outras viaturas descaracterizadas evitam prestar serviços nas vias esburacadas devido as avarias e os custos da aquisição de peças sobressalentes.

Os táxis transportam uma média de 43 passageiros (carrinhas) por viagem, cobrando 150 kwanzas.

O administrador de Belas, Miguel de Almeida, informou que os problemas sociais destas zonas suburbanas e rurais, com realce para energia eléctrica, saúde, educação e mobilidade, fazem parte de uma carteira de projectos de Investimentos Públicos, em preparação no município para o ano de 2023.

“Com os recursos financeiros a serem disponíveis, vamos começar aí onde falta muito. É preocupação do governador atender os bairro mais periféricos e não fazer promessas possíveis de não serem concretizadas”, sublinhou.

A administração de Belas adquiriu, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), um kit de equipamento para manutenção e terraplanagem (camiões basculantes, cisternas de agua, cilindros e niveladoras) de vias secundárias e terciárias no interior de bairros da circunscrição.

Surgido com a Divisão Política de Luanda e Bengo, definido à luz da Lei nº 29/11, de 1 de Setembro, Belas é a designação de um dos municípios mais extensos da capital do país, com uma superfície de 900,42 quilómetros quadrados.

Com uma população estimada em cerca de 700 mil habitantes (que representa aproximadamente 7,29% da população total da província de Luanda, estimada em 8.523.574 habitantes, segundo a projecção do Instituto Nacional de Estatística - 2020), que se dedica a pesca, agricultura e comércio, sendo que 52 por cento é feminina e 48% masculina, o município de Belas localiza-se na região Sudeste da província de Luanda, estando limitado pelos municípios de Talatona (a Norte), Quissama (a Sul) e de Viana (a Leste), bem como pela comuna de Mussulo, afecta à Talatona, e pelo Oceano Atlântico (a Oeste).

Composto por seis distritos urbanos: Kilamba (sede municipal), Morro dos Veados, Cabolombo, Quenguela, Vila Verde e Ramiros, e pela comuna da Barra do Cuanza, a densidade populacional média do Belas é de 690 habitantes por quilómetro quadrado, o que significa cerca de 33 vezes superior à média do país, que é de 20,7 por quilómetro quadrado, e quase duas vezes mais à média da província de Luanda, que é de 358 habitantes por quilómetro quadrado.

 





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