Lubango – O antigo vigário-geral da arquidiocese do Lubango, monsenhor Geraldo Namolo, morreu no último fim-de-semana, na cidade do Lubango, na Huíla, aos 86 anos de idade, vítima de doença.
Nascido em 1935, no Cunene, era sacerdote desde 1967 e ocupou o cargo de vigário-geral da Arquidiocese do Lubango de 1975 a 2013.
Há um mês foi acometido por uma crise renal e esteve hospitalizado até à data de sua morte.
O pároco de Nossa Senhora da Muxima do Toco, padre Américo Gomes, ao reagir a morte, destacou o “caracter humanitário” do colega e considerou que a igreja perde uma de suas “mais importantes reserva moral”.
Para ele, Namolo era um “vigilante” para a nova geração de sacerdotes, pelo que a sua partida deixa triste a comunidade católica do sul do país.
Lembrou que é pelas suas mãos que saíram os bispos D. Pio Hipunyati (Ondjiva), D. Dionísio Hisilenapo (Namibe), D.Leopoldo Ndakalako (Menongue) e D. Joaquim Nyanganga (Uíge).
Proposto para bispo em 1976, o padre Namolo recusou, preferindo manter-se na vida sacerdotal. O padre vai a sepultar nesta terça-feira na cidade do Lubango.
Filósofo e latinista, é autor de várias obras literárias. Pelas suas mãos, como vigário-geral passaram os arcebispos D. Alexandre do Nascimento (1975-1985), D. Manuel Franklin da Costa (1985-1997), D. Zacarias Kamwenho (1997-2003) e D. Gabriel Mbilingui (2003-actual).