Ganda – As obras de reabilitação das vias do casco urbano da sede municipal da Ganda, na província de Benguela, estão a melhorar a imagem da urbe e orgulham os seus habitantes, soube esta quinta-feira a ANGOP.
Neste momento estão já asfaltados mais de 10 quilómetros da urbe, que também está a beneficiar da recuperação de passeios, lancis e de iluminação pública.
Segundo Augusto Sifi, que reside há mais de 40 anos na Ganda, nos últimos tempos a sede da municipalidade mudou completamente de imagem, pois, num passado recente, as ruas encontravam-se totalmente degradadas e sem iluminação.
“O estado actual da cidade orgulha-nos a todos e deixa-nos esperançosos em dias melhores”, disse.
No entanto, referiu ser necessário melhorar-se a situação da distribuição de água, energia eléctrica e o saneamento básico, para se evitar a proliferação de doenças como a malária.
Na sua visão, é preciso ainda que as autoridades façam com que a Ganda tenha maior circulação de dinheiro e, para isso, é necessário que os agentes económicos sejam potenciados e as políticas público/privadas funcionem, porque deste modo faz-se mais dinheiro com pagamentos de impostos e criação de empregos.
Já o soba da Ganda, Pedro Cassindule, é de opinião que a sede do município tem registado passos consideráveis no domínio social, com melhorias nas vias de comunicação, iluminação pública e distribuição de energia eléctrica.
Entretanto, defende que essa melhoria seja também extensiva aos bairros periféricos e demais comunas.
A autoridade tradicional pediu também que se continue a trabalhar na melhoria dos acessos às comunas fortemente agrícolas, no sentido de facilitar o escoamento dos produtos.
Para Ilda Viana, o estado actual da sede municipal da Ganda deixa-a esperançosa em dias melhores e recorda-lhe a cidade de “outros tempos”.
“Já não tínhamos muitas esperanças em ter uma Ganda como no tempo colonial, uma cidade linda e limpa, com vida, mas hoje as coisas começam a mudar e esperamos que o nosso Governo faça os possíveis para resgatar o que essa terra já foi, que enchia de orgulho os seus habitantes”, enfatizou.
A munícipe quer melhorias em termos de fornecimento de energia, com ligação à barragem de Lomaum, no Cubal, para que se abandone as centrais térmicas e possam ter esse bem 24/24 horas, bem com augura pela materialização do projecto de construção da barragem sobre o rio Catumbela.
Por outro lado, pediu também aos demais munícipes que colaborem com as acções do Executivo, preservando o que está a ser feito em prol do bem comum e que façam a sua parte, sobretudo na recuperação das fachadas frontais das residências, com pintura e melhoria dos jardins.
Com uma população estimada em 302 mil e 913 habitantes, uma superfície de quatro mil e 817 quilómetros quadrados, a Ganda é potencialmente rica na produção agro-industrial e limita-se a norte com o município do Balombo, oeste com Cubal, sudoeste com Caluquembe e Caconda (Huíla) e Tchinjenje (Huambo).
A divisão política administrativa e territorial compreende, para além da sede do município, quatro comunas, nomeadamente Ebanga, Babaera, Casseque e Chikuma, com um total de 44 povoações e 533 aldeias, baseadas num clima temperado e próprio para prática de agricultura e criação de animais.
Na década de 70 foi considerado o segundo parque industrial de Benguela, com realce para a antiga Companhia de Celulose e Papel de Angola (CCPA), fábrica de bebidas fermentadas da fazenda prazeres, de enchidos, áreas cafeícolas, plantações de milho, horto-frutícolas, pecuária e 18 perímetros florestais. CRB