Luanda - Os munícipes de Icolo e Bengo, província de Luanda, pediram, nesta sexta-feira, que a administração local reaproveite os 11 mercados construídos há mais de dez anos e actualmente abandonados e vandalizados.
Em declarações à ANGOP, os munícipes referiram que os 11 mercados, que possuíam energia eléctrica, água corrente, casas de banho, foram vandalizados por terem ficado muitos anos totalmente abandonados.
As referidas infra estruturas foram construídas nas localidades da Cabala (Cassoneca), Fotosacala e Mabuia (Cabíri), KM44, Primeiro Bairro (sede- Bom Jesus), Mercado do Cacusso, Calumbunze (Catete) e Caquengue (kaculo kahango).
A proposta dos munícipes é que a administração reconfigure as actuais infra estruturas para outros objectivos, como bibliotecas, centros de formação profissional, de artes e ofícios, feiras locais e outros, visando arrecadar receitas para o poder local.
Em ronda efectuada nestas localidade, a ANGOP constatou que os mercados ficaram sem as coberturas de chapas de zinco, louça sanitária nos wc’s, fios eléctricos e lâmpadas e torneiras.
Os mercados que têm uma capacidade de 100 a 200 bancadas, segundo os munícipes, foram construídos sem prévia consulta aos munícipes, para que pudessem contribuir com ideias sobre os locais onde deviam ter sido erguidos.
Fonte da administração municipal de Icolo e Bengo contactada pela ANGOP referiu que foram feitas várias campanhas de sensibilização junto dos munícipes para que estes mercados fossem utilizados por vendedores locais, sobretudo, aqueles que vivem nas proximidades, mas sem sucesso.
“ Os vendedores sempre tiveram como desculpa o facto de já possuírem espaços apropriados para a venda dos seus produtos e que nos lugares habituais existem melhores e maiores possibilidades de venda assim como mais contactos com os clientes”, esclareceu.
Lamentou o facto de actualmente os vendedores permanecerem nos espaços antigos, sem acatar as medidas de biossegurança de contenção da Covid-19, apesar da constante fiscalização e sensibilização feita pelos membros da administração local.