Cahombo- Várias obras inscritas no Plano de Intervenção nos Municípios (PIIM) e no Programa de Combate à Pobreza, com destaque para uma escola de 12 salas de aulas e Administração municipal, encontram-se paralisadas sem causas aparentes, no município de Cahombo.
Segundo apurou hoje a ANGOP, consta do leque das obras paralisadas, um Hospital Municipal, um centro de captação e tratamento de água, uma lavandaria e biblioteca comunitárias, cujas empreitadas foram abandonadas pelos empreiteiros há mais de três anos.
Algumas autoridades tradicionais e munícipes entrevistados pela ANGOP disseram que a Administração Municipal não se pronuncia a volta da situação, o que vem criando descontentamentos no seio da população.
O soba Quinji, Silva Jorge Quinjica, frisou que as obras em causa, estão a dar imagens negativas à vila de Cahombo, tendo por isso aproveitado a visita quarta-feira (1) do governador provincial, Marcos Nhunga, para exortar no sentido de se concluir as obras.
Disse que outro problema prende-se com a falta de alfaias e outros meios agrícolas para as famílias camponesas desenvolverem a agricultura de subsistência e mecanizada.
Por sua vez, o regedor Miguel Quimbambata apresentou também preocupações ligadas a falta de serviços sociais básicos, sobretudo de água potável, energia eléctrica, assistência médica, entre outros que os munícipes enfrentam.
“Esperemos que as preocupações apresentadas sejam resolvidas o mais breve possível, com vista ao bem-estar dos munícipes desta circunscrição”, frisou.
Já os munícipes Lito António e José Tomé, pediram em nome da população, a reabilitação e construção de pontes sobre alguns rios, no sentido de facilitar a circulação de pessoas e bens e consequentemente se estimular as trocas comerciais.
Por sua vez, o governador Marcos Nhunga, orientou a localização e responsabilização dos empreiteiros que abandonaram obras, sendo que os pagamentos foram feitos na ordem dos cem por cento.
Durante a jornada de trabalho em Cahombo, Marcos Nhunga manteve encontros privados com líderes religiosos, autoridades tradicionais e partidárias e com representantes da sociedade civil e do Conselho de Auscultação das comunidades.
O município de Cahombo tem mais de 10 mil habitantes e uma extensão de 5 mil e 295 quilómetros quadrados, que compreendem as comunas de Cambo Sunjinje, Banje-Angola, Micanda e a sede municipal.