Ndalatando – A secretária provincial da OMA no Cuanza Norte, Filomena de Lima, aconselhou às mulheres a denunciar às autoridades todas as formas de violência que ocorrem nas comunidades e nas famílias, para que os infractores sejam responsabilizados.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional de Erradicação de todas as Formas de Violência contra as Mulheres, a secretária provincial da OMA, Filomena de Lima, lembrou as mulheres que existem instrumentos legais de protecção, que devem ser do conhecimento de todas.
Sem adiantar dados estatísticos, alertou as mulheres para o aumento de casos de violência na província, sendo o mais recente a morte, este mês, de uma jovem espancada pelo namorado.
Chamou também atenção para a denúncia de casos de transmissão dolosa do VIH/SIDA.
Filomena de Lima manifestou a disponibilidade da organização em apoiar as mulheres que sofrem por violência.
Indicou que o Gabinete Jurídico da organização tem trabalhado na mediação de casos de violência no género e, desde Janeiro, resolveu 10 com sucesso.
Considerou que o número é ínfimo porque muitos cidadãos desconhecem que a OMA faz este trabalho.
Além da mediação de conflitos, a organização também trabalha na prevenção e esclarecimento da sociedade através de palestras e seminários, assim como na formação e alfabetização de mulheres para melhor inserção social.
Aconselhou as mulheres a apostar na formação académica e profissional e a prevenir-se da gravidez e casamento precoces, que leva ao abandono escolar de muitas raparigas.
Quando as mulheres começam a fazer filhos cedo causa um desequilíbrio económico ao estado, por isso a OMA está preocupada e trabalha na formação, sensibilização da juventude, através de palestras para que a juventude tenha mais conhecimento sobre a violência, a gravidez e o casamento precoces.
Encorajou as mulheres a prosseguir os estudos mesmo depois de se tornarem mãe, adiantando que os filhos não podem servir de pretexto para a não formação académica, profissional ou a integração em cooperativas agrícolas.
“A mulher pode ter filhos, mas deve preocupar-se em se actualizar, ficar atenta com oportunidades de empregos e outras actividades como a integração em associações ou cooperativas de camponeses, criar uma lavra familiar, questões que não são visíveis nas comunidades”, lamentou.
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher celebra-se anualmente a 25 de Novembro para denunciar a violência contra as mulheres e exigir políticas em todos os países para a sua erradicação. IMA/ART