Benguela, 13/01 – Cerca de trinta actores sociais, entre os quais jornalistas, participam desde quarta-feira, nesta cidade, num seminário sobre corrupção, transparência e advocacia social, apurou a ANGOP.
A acção formativa, com duração de dois dias, é uma iniciativa da organização não-governamental Omunga em parceria com a Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) e visa abordar o combate à corrupção e crimes conexos à luz da legislação angolana.
A organização pretende dotar os agentes sociais de conhecimentos sobre o fenómeno corrupção e branqueamento de capitais na perspectiva jurídica, fortalecer a capacidade de intervenção da sociedade para prevenção e combate a esses fenómenos e promover a transparência, através da advocacia social.
Segundo o jurista Eduardo Chipilica, prelector, a corrupção é um problema que deve preocupar todos angolanos porque, directa ou indirectamente, afecta toda sociedade e atrasa o seu desenvolvimento.
O especialista defende o reforço do ensino de valores morais, éticicos e do patriotismo nas escolas e no seio familiar, para que todos possam assumir um papel mais interventivo no combate a esses males.
Já o representante da Organização Humanitária Internacional, João Misselo, considera ser fundamental o comprometimento da sociedade civil nesta luta, tendo reconhecido o papel da classe jornalística na disseminação de informação sobre os efeitos negativos da corrupção.
“Aqui, lança-se um desafio à sociedade no sentido de mudar de atitude perante este fenómeno (corrupção), que lesou a estrutura social das famílias e o próprio Estado, cujas consequências são a ausência de serviços básicos e de melhores condições de vida para os angolanos”, concluiu.