Sumbe – Cento e setenta e nove engenhos explosivos e quarenta mil e setecentos e quarenta e quatro munições diversas, recolhidas da população civil na província do Cuanza Sul, foram destruídas hoje, pela ONG The Halo Trust.
Do material bélico constam 46 projécteis de morteiro 60mm, 40 de castrol, 16 de lança dilagrama, um de morteiro 82mm, 18 de RPG-7, 14 protelantes de RPG-7, oito detonantes, 30 granadas diversas, entre outros.
De acordo com uma nota do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional no Cuanza Sul, a que a Angop teve acesso, o material foi recolhido de forma coerciva, enquanto outro foi entregue voluntariamente, numa acção que se enquadra no âmbito do processo de desarmamento da população civil.
Dados oficiais apontam que a província do Cuanza Sul é a quarta com mais engenhos explosivos por detonar no país, com 120 áreas confirmadas, depois do Cuando Cubango (251), Moxico (199) e Bié (122).
Os municípios da Cela, Seles, Quilenda, Ebo e Amboim são os mais minados, devido ao conflito armado que o país viveu.
Com vista a tornar os campos livres de engenhos, operam na desminagem, na província do Cuanza Sul, as ONG CSPR, Apacominas, Halo Trust e Apopo, assim como o Instituto Nacional de Desminagem (INAD) e a brigada das FAA.
O plano estratégico de acção contra as minas prevê reduzir ou acabar o número de áreas suspeitas e confirmadas até 2025.